A Polícia Civil de Minas Gerais indiciou, por homicídio quadruplamente qualificado o homem apontado por matar o sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, no último dia 5, no bairro Novo Aarão Reis, na região norte de Belo Horizonte. A informação foi revelada durante coletiva na manhã desta segunda-feira (15). • Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu Whatsapp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto As quatro qualificadoras do crime imputadas a Welbert de Souza Fagundes são: motivo torpe, crime contra agente da segurança pública, ação que visou assegurar impunidade de outro crime e dissimulação que dificultou a defesa da vítima. A delegada Ariadne Coelho detalhou que o circuito que flagrou a cena registrou uma suposta tentativa do criminoso de ludibriar a vítima, uma vez que o atirador levou os braços sugerindo que iria se entregar durante a perseguição. "Porém, concomitantemente, ele leva a mão à cintura, pega um revólver dentro da bermuda e efetua o disparo contra a cabeça do sargento Dias", comenta. Fagundes ainda foi indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra outro policial da equipe do sargento Dias, além de desobediência, resistência e porte ilegal de arma de fogo. Já o comparsa Geovanni Faria de Carvalho foi indiciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra os outros policiais que participaram da ocorrência, duas vezes, tentativa de homicídio simples contra o motoboy atropelado por ele na fuga, tráfico de drogas, posse de arma de fogo, desobediência e resistência. O inquérito foi concluído em 10 dias pela Polícia Civil.Relembre o caso O crime aconteceu no último dia 5 de janeiro. Welbert de Souza Fagundes, de 25 anos, e Geovanni Faria de Carvalho, de 33 anos, fugiam da polícia pelo bairro Aarão Reis. Até então, eles eram suspeitos de roubar um carro. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o militar se aproxima do suspeito e da ordem de parada, mas é surpreendido pelo criminoso, que saca uma arma e atira à queima-roupa contra o policial. O militar foi socorrido por colegas e levado para o Hospital João 23. O militar, que é pai de uma criança recém-nascida, estava na Polícia Militar há cerca de 10 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. Os dois homens tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva. Saidinha O suspeito, 25 anos, de atirar à queima-roupa contra o sargento da Polícia Militar Roger Dias da Cunha, 29, gozava de uma saída temporária do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde estava desde agosto. A saída temporária, popularmente conhecida como “saidinha”, é um benefício previsto na Lei de Execuções Penais - 7.210/1984 - para presos em regime semi-aberto.
