Dona de clínica e filha já estavam presas
Reprodução / Record TV MinasMais três pessoas foram presas, na noite desta quarta-feira (31), suspeitas torturar idosos em um asilo, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. A dona da casa de repouso e a filha dela já estavam detidas desde o dia 26 de julho, por participação nos crimes.
Dessa vez, a Justiça determinou a prisão do marido da dona da clínica, de outra filha do casal, e de um cuidador que trabalhava no local.
Dona de asilo será investigada por reter aposentadoria de idosos
Jorman Amaral nega agressões
Reprodução / Record TV MinasDe acordo com a delegada Bianca Prado, o funcionário Jorman Alexander do Amaral, de 47 anos, foi apontado pelas vítimas como um dos principais agressores. O homem era procurado desde a última semana e foi encontrado, nesta quarta-feira, em uma associação de moradores no bairro Cristina, em Santa Luzia. Após ser preso, o homem negou os crimes.
— Eu vou provar a minha inocência. Quem está falando isto vai ter que provar.
Paulo Lopes Ferreira, marido da dona da clínica, e Patrícia Lopes Ferreira, filha do casal que está grávida de seis meses, também foram presos. Segundo a delegada, os dois também têm participação na tortura contra os idosos.
— Todos eles estão respondendo por tortura. Todos eles nós temos como agressores severos.
Nesta terça-feira (30), Paulo conversou com a reportagem da Record TV e declarou que não tinha conhecimento sobre as agressões na casa de repouso. O homem também havia afirmado que acreditava na inocência da filha e da mulher dele, que já haviam sido presas.
Investigação
Na semana passada, Elizabete Lopes Ferreira, proprietária do asilo e a outra filha dela, Poliana Lopes Ferreira, foram presas suspeitas de tortura contra os internos, sendo a maioria pessoas acamadas e com dificuldades de locomoção. Segundo a Polícia Civil, as duas negaram as agressões.
A instituição, que fica no bairro Barreiro do Amaral, em Santa Luzia, funcionava há três anos com cerca de 50 pessoas. A polícia chegou ao local após denúncia de uma ex-funcionária. O asilo não tinha documentação e já havia sido notificado pela Vigilância Sanitária.
A reportagem tenta contato com a defesa dos detidos para comentar as detenções.