O promotor de Justiça, André Luís Garcia de Pinho, preso desde o início do mês por suspeita de ter assassinado a esposa Lorenza Maria da Silva Pinho no apartamento do casal em Belo Horizonte presta depoimento no Ministério Público de Minas Gerais na tarde desta terça-feira (27). A prisão do promotor vence na próxima segunda-feira (3).
A estratégia do MP será confrontar as falas do promotor com os depoimentos colhidos em depoimentos ao longo do mês. Dezenas de pessoas já foram ouvidas, entre elas familiares e amigos do casal e um dos médicos que prestou socorro à Lorenza no dia em que ela morreu. A expectativa da chefia do MP é que a investigação seja concluída até a próxima quinta-feira (29).
O atestado de óbito assinado pelos médicos do socorro de um hospital particular indica que Lorenza foi vítima de “pneumonite, devido a alimento ou vômito, e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas”.
Na data, o marido alegou que a companheira teria se engasgado enquanto dormia sob efeito de medicamentos. No entanto, fontes ligadas à perícia da Polícia Civil indicam que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) diverge do atestado.
Relembre o caso
O promotor André Luís Garcia de Pinho foi preso no dia 4 de abril, dois dias após a morte da mulher, Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos. Familiares desconfiam que Lorenza teria sido assassinada pelo marido.
O promotor André Luis Garcia de Pinho teria levado o corpo da esposa direto para uma funerária, alegando que ela teria morrido após engasgar. No entanto, a Polícia Civil mandou que o corpo fosse levado para passar por exames no IML, onde permaneceu por 11 dias. Ela foi enterrada na cidade de Barbacena (MG).