Mulher de promotor morta em BH é enterrada, no interior, após 12 dias
Corpo de Lorenza será enterrado em Barbacena na manhã desta quarta-feira (12), após ter sido liberado pelo IML ontem
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
O corpo de Lorenza Maria da Silva Pinho, de 41 anos, morta no início do mês em Belo Horizonte, será enterrado nesta quarta-feira (14), em um cemitério de Barbacena, a 170 km da capital mineira, onde vivem seus familiares. Lorenza era esposa do promotor de Justiça André Luís Garcia de Pinho, preso há 10 dias, suspeito do assassinato da companheira.
O enterro ocorre 12 dias após a morte de Lorenza. Seu corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal), da Polícia Civil, no dia 2 de abril e só foi liberado por volta das 16h desta terça-feira (13).
Como a morte de Lorenza envolve um promotor de Justiça, é o Ministério Público de Minas Gerais quem investiga o caso, que está sob sigilo.
Laudos divergentes
Como revelou o R7, há dois laudos divergentes sobre a causa da morte de Lorenza. O atestado de óbito assinado por dois médicos aponta que ela teria engasgado com um remédio. Já a perícia feita pela Polícia Civil no corpo dela, já no IML, aponta outro motivo.
A PC não divulgou o laudo e não informa quais seriam os indícios. No entanto, uma fonte da reportagem confirma que há dois resultados divergentes e é a Justiça quem decidirá qual deles irá valer.
O Tribunal de Justiça não comentou o assunto, se limitando a dizer que o caso segue sob sigilo.
Relembre o caso
Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41 anos, morreu no dia 2 de abril em seu apartamento, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. A certidão de óbito consta como causa da morte uma "pneumonite causada devido a alimento ou vômito e autointoxicação por exposição intencional a outras drogas".
O promotor permanece preso desde o dia 4 de abril, suspeito de assassinato, e o caso está sendo investigado pelo próprio Ministério Público de Minas Gerais, que já ouviu a defesa dele e familiares de Lorenza, que não acreditam na versão divulgada pelo promotor e pelos médicos.
Os cinco filhos do caso, com idade entre dois e 17 anos, estão sob a guarda de um amigo do casal. Em entrevista à RecordTV Minas, os dois filhos mais velhos dizem acreditar na inocência do pai.