Simulados de emergência viram rotina para cidades mineiras

Mais de 11 mil moradores de Nova Lima, Raposos e Itabirito, todos municípios localizados na Grande BH, devem deixar suas casas neste domingo (31) e se dirigir a pontos de encontro indicados pela Defesa Civil estadual. 

O procedimento faz parte de um simulado de emergência, que tem o objetivo de orientar a população sobre o que devem fazer caso uma barragem se rompa e ameace suas casas. A ação será acompanhada por representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Serão realizadas simultaneamente nas três cidades, às 15h.

Todos os moradores convocados vivem em áreas que podem ser atingidas pela lama de rejeitos das barragens B3/B4, Forquilhas 1 e Forquilhas 3, da mineradora Vale, que tiveram o nível de risco aumentado para três – o que significa iminência de rompimento – na última quarta-feira (27).

De acordo com a Defesa Civil, os moradores mobilizados neste domingo não precisam ser retirados definitivamente de suas casas já que estão em uma zona secundária de alerta. A onda de rejeitos demoraria mais de uma hora para atingir os imóveis. 

Na cidade de Raposos 2.300 pessoas devem participar da simulação. Eles são ameaçados pela barragem B3/B4, que fica em Nova Lima, cidade vizinha. Em Honório Bicalho, distrito de Nova Lima, 4.354 moradores devem passar pelo teste.

Já em Itabirito, a 57 km de Belo Horizonte, 4.363 pessoas vão ser submetidas ao treinamento. Lá será necessária a realização do teste por causa das barragens Forquilha 1 e 3, que ficam na cidade vizinha, Ouro Preto.

Outras localidades

Os simulados de emergência já foram realizados em Barão de Cocais, Santa Bárbara e Igarapé e, já está agendada mobilização semelhante na cidade de São Joaquim de Bicas. 

Hoje, são quatro as barragens classificadas como nível 3 em Minas Gerais: Sul Superior (Barão de Cocais), B3/B4 (Nova Lima) e Forquilhas 1 e Forquilhas 3 (Ouro Preto)

Em reunião na Assembleia Legislativa, moradores de Barão de Cocais que participaram da mobilização criticaram a medida e apontaram que o teste serviu para alarmar ainda mais a população local.