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Suspeita de aplicar vacinas falsas em empresários de MG é solta

Cuidadora de idosos obteve habeas corpus após cumprir 4 dias de prisão preventiva. Sigilo bancário dela e do filho foi quebrado

Minas Gerais|Do R7, com informações da Record TV e da Agência Estado

A Justiça mandou soltar a falsa enfermeira suspeita de aplicar 80 vacinas contra o corononavírus em empresários e políticos de Minas Gerais. A cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas cumpria prisão preventivaquatro dias e foi solta por um habeas-corpus.

Ela cobriu o rosto ao sair da penitenciária feminina Estevão Pinto, em Belo Horizonte, após ser beneficiada por um habeas corpus concedido no plantão judiciário do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Cláudia entrou direto no carro, sem falar com ninguém. A Justiça determinou que a mulher mantenha endereço atualizado, não tenha contato com outros envolvidos no caso e não saia da cidade sem autorização.

A prisão flagrante, na última terça, 30, havia sido convertida em preventiva após audiência de custódia. A detenção foi justificada pelo artigo 373 do Código de Processo Penal, que prevê pena de dez a 15 anos de reclusão para quem "falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais".

A mulher entrou agora em liberdade provisória.


Cláudia é investigada por falsificar, corromper ou adulterar produto destinado a fins medicinais.

De acordo com a Polícia Federal, ela se passou por enfermeira e participou da vacinação clandestina de políticos e empresários, na garagem de uma empresa de transporte, em Belo Horizonte.


Vizinhos gravaram a movimentação de carros. Ela aparece aplicando as injeções. Em depoimento à PF, os irmãos Robson e Rômulo Lessa, donos da empresa, admitiram que 80 pessoas, divididas em grupos, compraram os imunizantes. Cada um pagou R$ 600 por duas doses.

Policiais federais apreenderam na casa da falsa enfermeira vacinas contra a gripe e soro fisiológico. A Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias de Claudia e do filho, Igor. Todos os envolvidos no caso deverão ser intimados a depor nos próximos dias.

A compra de vacinas pela iniciativa privada foi liberada mês passado, mas a lei exige a doação de 100% das doses ao Sistema Único de Saúde (SUS) até que todas as pessoas dos grupos prioritários sejam imunizadas e de pelo menos 50% após essa etapa.

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