Último suspeito de participar de assassinato por herança de R$ 100 milhões se entrega à polícia
Crime foi encomendado pelo cunhado da vítima, o dono da madeireira Macal, Luiz Antônio Caus
Minas Gerais|Do R7

O último foragido suspeito de participar da morte do analista André Elias Ferreira, assassinado em uma disputa por uma herança de R$ 100 milhões, se entregou à polícia neste sábado (19). O mandante do crime, o dono da madeireira Macal, Luiz Antônio Caus, e cunhado da vítima, já foi indiciado pelo homicídio.
Segundo a Polícia Civil, Pedro Carlos de Freitas Ferreira Alves, de 37 anos, se apresentou durante a madrugada na Ceflan (Central de Flagrante). Ele teria dado fuga em uma motocicleta ao pistoleiro contratado para executar o analista.
Além dele e do empresário, estão presos João Alves Moreira, que teria contratado o pistoleiro, Geremias Eufrásio, que efetuou os disparos, e o fazendeiro Ivens José Lombardi, que intermediou a contratação do executor. Ivens foi preso na empresa dele, a Expresso Veracruz. Todos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por não permitir defesa da vítima.
O crime
André Elias Ferreira era casado com a irmã de Luiz Antônio Caus. Ele caiu nas graças do sogro, o que teria despertado uma disputa com o cunhado. Quando Caus foi despejado pelo próprio pai do imóvel que ocupava na avenida Nossa Senhora do Carmo, na região centro-sul de BH, decidiu matar André Ferreira.
Ivens José Lombardi, empresário amigo de Caus, aceitou participar da estratégia do assassinato. Ele contratou João Alves Moreira, que por sua vez entrou em contato com o executor Geremias Eufrânio da Silva. Geremias contratou ainda Pedro Carlos de Freitas. Cada um teria recebido R$ 10 mil.
André Elias Ferreira foi cercado no dia 23 de junho de 2011 ao sair de uma lanchonete na BR-381 em Itatiaiuçu, na Grande BH, onde foi baleado três vezes. A mulher e o filho presenciaram o crime. A própria mulher levantou suspeitas sobre a participação de Luiz Antônio Caus no crime.