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Vereador Wellington Magalhães diz que não será candidato em 2020

Investigado por desvio de dinheiro público, ex-presidente da Câmara de Belo Horizonte diz que vai se dedicar à família e aos processos que responde

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Vereador diz que é alvo de perseguição política
Vereador diz que é alvo de perseguição política

O vereador de Belo Horizonte Wellington Magalhães (DC) revelou ao jornalismo da Record TV Minas que não vai concorrer a cargos políticos nas eleições de 2020, quando acaba seu quarto mandato na Câmara Municipal. O político afirmou que vai passar a se dedicar à família e aos processos que responde por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

— Estou pensando em ir para o interior e ficar quieto lá.

Contudo, para chegar ao fim do mandato, o ex-presidente da Câmara de BH precisa se livrar de dois pedidos de cassação que foram abertos contra ele. As denúncias são de quebra de decoro, que ocorre quando as ações de um parlamentar afetam a imagem do poder Legislativo.

A motivação das queixas é a suspeita de envolvimento do político em um esquema de desvios de dinheiro de contratos de publicidade na Câmara. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o prejuízo aos cofres públicos pode ter chegado a R$ 30 milhões. O representante do DC, no entanto, afirma que vai provar sua inocência e acredita ser alvo de perseguição.


— É muita perseguição. Não sei como eles não estão falando que a barragem de Brumadinho caiu por causa do Wellington Magalhães.

O parlamentar atribuiu os supostos ataques à sua trajetória pessoal e política. Morando em uma mansão na orla da Lagoa da Pampulha, em um dos endereços mais caros de Belo Horizonte, e com o salário de R$ 17.642,33 de vereador, Magalhães diz que veio de família simples.


— Eu incomodo muita gente porque eu cresci muito rápido. Eu não sou filho de pai rico ou político. Eu fui vereador por quatro mandatos, fui presidente da Câmara e tenho uma irmã que foi deputada. Com isso, eu incomodei outro grupo político.

Ameaças


Os dois pedidos de cassação do mandato do vereador Wellington Magalhães são analisados pela Câmara Municipal. Em seguida, a diretoria da Casa vai decidir se o político será ou não investigado pelas supostas infrações. Além disso, o MPMG pediu o afastamento do parlamentar das atividades legislativas para conclusão das investigações sobre desvio de dinheiro. A solicitação ainda é avaliada pela Justiça mineira.

O Ministério Público também investiga áudios vazados em que Magalhães estaria fazendo ameaças ao vereador Mateus Simões (Novo) e ao promotor Leornardo Barbabela. Na gravação, o político fala cita armas de fogo e fala em mortes.

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“Com o Mateus foi tudo orquestrado. Agora ele me chama do que ele chamou ali? Por isso um cara chega e morre”, disse na gravação.

“Trouxa, babaca do Barbabela, que qualquer dia... Até a OAB tá rindo dele. Na sexta, ele entrou... Então é uma força, o que ele tá fazendo é uma força "psic"...” sic.

Em entrevista à Record TV, o ex-presidente da Câmara confirmou a veracidade dos áudios, mas alegou que se tratava de um desabafo.

— Eu jamais eu ameacei ou vou ameaçar alguém. Foi uma questão de desabafo de vida.

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