Vereadores prestam depoimento em comissão de cassação de Magalhães
Vereador afastado é acusado de quebra de decoro parlamentar; ele é suspeito de envolvimento em um esquema que desviou R$ 30 milhões da Câmara
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
Três vereadores de Belo Horizonte prestaram depoimento à comissão que analisa o pedido de cassação do legislador afastado Wellington Magalhães (PSDC), na manhã desta quarta-feira (4). Esta foi a sétima reunião do grupo.
Magalhães é acusado de quebra de decoro parlamentar. A denúncia feita pelo advogado Mariel Marley Marra indica que o envolvimento do vereador em um esquema que teria desviado R$ 30 milhões dos cofres públicos afetou a imagem da Casa. Por causa do suposto crime, o ex-presidente da Câmara chegou a ficar preso por 36 dias neste ano. Agora ele está em casa, mas usa tornozeleira eletrônica.
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Os vereadores Pedro Patrus (PT), Juliano Lopes (PTC) e Autair Gomes (PSC) foram convocados como testemunhas de defesa de Magalhães. Além deles, a delegada Karla Silveira Marques foi chamada pela comissão para ser ouvida. No entanto, ela enviou um ofício informando que não poderia comparecer.
A reunião durou cerca de uma hora. Além das testemunhas, estavam presentes os membros da comissão: o presidente Dr. Nilton (Pros), o relator Reinaldo Gomes (MDB), e Fernando Luiz (PSB).
Nesta terça-feira (3), foi a vez dos vereadores Gabriel Azevedo (PHS) e Mateus Simões (Novo),e do artista plástico Júlio Passos de Faria serem ouvidos. Também estava previsto o depoimento do chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado João Otacílio Neto, mas ele não compareceu alegando compromisso na agenda.
Trâmites
Além de vereadores, a Comissão Processante convocou como testemunhas delegados e promotores de Justiça que atuaram nas investigações da operação Político Sujo. Eles fizeram parte das ações que relacionou Magalhães no esquema de fraudes em contratos com empresas de publicidade e que teria desviado R$ 30 milhões da Câmara.
Até o início de agosto, a Comissão deve emitir um parecer pedido ou não a cassação do cargo de Welington Magalhães. Para que ele seja retirado do cargo, é necessário o voto de dois terços dos vereadores, ou seja, 28 parlamentares. Esta é a primeira vez que a Casa passa por um processo como este.