Zema nomeia Salim Mattar como consultor de privatizações em MG
Empresário já ocupou uma Secretaria Especial no Governo Bolsonaro responsável pela mesma pauta
Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), nomeou o empresário Salim Mattar, de 72 anos, nesta quinta-feira (1º), como consultor de projeto estratégicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Segundo o governo, Mattar ficará responsável pelas pautas ligadas à desestatização de companhias públicas. O empresário já ocupou uma Secretaria Especial no Governo Bolsonaro responsável pela mesma pauta.
“Aceitei convite do Governador Romeu Zema para atuar como consultor não remunerado com o objetivo de contribuir para a redução do tamanho do Estado, um dos pilares de sua brilhante gestão”, escreveu Mattar em uma rede social.
Procurado, o Governo de Minas informou à reportagem que a lei 23.304 permite ao governador “designar cidadãos de reputação ilibada para exercer a função de agente colaborador, em assuntos específicos”. Em nota, a equipe de Zema ainda ressaltou a “ampla experiência” de Mattar, “em especial na pauta de desestatização”.
A privatização de estatais foi uma das principais plataformas defendidas por Zema quando ele foi eleito, em 2018. No fim de 2020, o político defendeu que este seria um dos caminhos mais importantes para colocar em dia o pagamento de servidores, que segue parcelado desde 2016.
Ainda em 2019, Zema enviou à ALMG o Projeto de Lei 1.203/2019, que tenta legalizar a venda da Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), responsável pela realização de projetos, obras, serviços e empreendimentos. O documento ainda não foi avaliado pelos parlamentares e não há data prevista para que isto ocorra.
Perfil
Salim Mattar é natural de Oliveira, a 160 km de Belo Horizonte. Consirado um dos empresários mais importantes do Estado, ele foi fundador da Localiza, empresa especializada na locação de veículos.
Em dezembro de 2018 ele renunciou ao cargo de presidente do conselho de administração da companhia para ocupar a vaga de secretário especial de Desestatização na gestão Bolsonaro, mas seguiu como acionista da empresa.
Mattar deixou a função no Governo Federal em agosto de 2020, alegando insatisfação com o andamento das privatizações e da reforma administrativa.