Suco de couve melhora a dor de estômago?
Vegetal é conhecido na crença popular como 'remédio natural' para desconfortos estomacais; especialistas alegam que alimento pode auxiliar tratamento medicamentoso
MonitoR7|Giovanna Borielo, do R7

Existe uma crença popular de que tomar suco de couve quando surge uma dor de estômago ajuda a aliviá-la.
O ensinamento é passado de boca em boca e propagado, inclusive, nas redes sociais.
Internautas chegam a atestar o efeito de alívio gerado pela bebida feita do vegetal. Seria, então, a couve o remédio natural e a solução para as dores de estômago?
De acordo com a nutricionista Natalia Barros, da NB Clinic, não existem evidências científicas que comprovem especificamente o efeito de alívio de dores estomacais ocasionado pelo consumo de suco de couve.
No entanto, o consumo de couve pode trazer benefícios à saúde digestiva, o que pode auxiliar na redução de sintomas.
O vegetal possui vitaminas A, C e K, além de minerais como cálcio, magnésio e potássio, que podem ajudar na digestão e na regulação do sistema gastrointestinal.
A presença de fibras também promove a regulação intestinal, prevenindo a constipação — o que reduz a pressão e a sensação de desconforto no estômago.
Ainda, a couve possui compostos bioativos, como os flavonoides e os carotenoides, que têm ação anti-inflamatória, diminuindo as dores associadas às possíveis inflamações do órgão.
"Vegetais como a couve ajudam a reduzir o ácido do estômago, auxiliando, assim, no tratamento da gastrite e do refluxo gástrico. O melhor é ser ingerido em jejum para que tenha uma melhor absorção, e reduza a quantidade de gases presentes no organismo. O efeito independe do modo de consumo, mas pode ser bem aproveitado, também, com o vegetal cru pela manhã", afirma a nutricionista Vanessa Furstenberger.
É recomendado, também, que a couve seja consumida durante as crises de dores estomacais.
Natalia afirma que o vegetal pode ser consumido como auxiliar no tratamento de gastrites e refluxos gástricos. No entanto, a gastroenterologista e hepatologista Patrícia Almeida lembra que a couve não deve substituir o tratamento medicamentoso indicado por um especialista.
As especialistas alegam que outros alimentos podem apresentar efeitos semelhantes. Entre eles estão brócolis, aspargo, couve, couve-flor, batata e pepino. Já entre as frutas, elas listam melão, maçã, banana e pêra. Chás de gengibre, hortelã e erva-cidreira podem ajudar a diminuir os desconfortos.
Para diminuir o refluxo gástrico, alimentos como aveia, carnes brancas magras e gorduras saudáveis também são recomendados.
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Por fim, as profissionais lembram que, caso a pessoa apresente dores de estômago, é importante manter hábitos saudáveis, com uma alimentação balanceada, evitando alimentos processados, frituras, alimentos gordurosos, alimentos picantes, cafeína e álcool; fazer refeições menores e mais frequentes ao longo do dia, lembrando sempre de mastigar bem os alimentos; evitar deitar após as refeições; beber bastante água ao longo do dia; evitar o estresse, que propicia o aparecimento de dores; e sempre buscar o auxílio de um médico para o correto diagnóstico e verificar se há a presença da bactéria H. Pylori, que precisa de tratamento específico.
Manter uma alimentação equilibrada é a melhor forma de evitar deficiências nutricionais. Ainda assim, algumas pessoas têm condições de saúde específicas que dificultam a absorção de vitaminas e minerais. Por isso, se houver suspeita de alguma deficiênc...
Manter uma alimentação equilibrada é a melhor forma de evitar deficiências nutricionais. Ainda assim, algumas pessoas têm condições de saúde específicas que dificultam a absorção de vitaminas e minerais. Por isso, se houver suspeita de alguma deficiência, é fundamental buscar ajuda médica para identificá-la e jamais tomar suplementos sem orientação, já que há risco de efeitos colaterais ou interações com outros medicamentos de que a pessoa eventualmente faça uso



![Por outro lado, os alimentos que fazem parte do grupo das leguminosas, como o feijão, a lentilha e o grão-de-bico, são fontes de fibras insolúveis que, nesse caso, ajudam no funcionamento intestinal.
“As fibras insolúveis são caracterizadas por não se dissolver no intestino, então elas têm um efeito de aumentar o volume das fezes e acelerar o trânsito intestinal, contribuindo,assim, para a melhora do quadro de obstipação intestinal [prisão de ventre]”, explica Thaís](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/TCDXZ4LR5RJI3MCS7H6VJUP2NM.jpg?auth=08cd64d2ece643ce60c7b2f80bcdcb47ae009e5f70f4bbc468dceeed953c3ac9&width=1000&height=664)






