Bolsonaro nega crise no PSL: 'É igual uma ferida, cicatriza naturalmente'
Durante um passeio pelas ruas de Tóquio, presidente afirmou ainda que está tranquilo com a aprovação da reforma da Previdência, no Senado
Política|Do R7
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (21) que não há uma crise política e nem riscos para a aprovação final da reforma da Previdência no Senado, prevista para terça-feira, apesar do racha dentro de seu partido, o PSL.
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"É o Senado que resolve amanhã. Eu estou tranquilo e o Parlamento está tranquilo também. A responsabilidade é de todos nós", disse o presidente a jornalistas durante um passeio pelas ruas de Tóquio, primeira parada de uma viagem de 10 dias pela Ásia e o Oriente Médio.
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Questionado sobre a crise no PSL, que na semana passada atingiu o ápice com a suspensão de cinco deputados ligados a Bolsonaro, o presidente negou que exista e disse que foi inventada.
"Que crise política? Inventaram a crise política. Não há crise nenhuma, zero", afirmou.
Nas últimas semanas, desde que Bolsonaro foi gravado dizendo a um apoiador que devia esquecer o PSL e que o presidente do partido, deputado Luciano Bivar (PE), estava "queimado", a crise interna da sigla se agravou e rachou a bancada da legenda. Parte do grupo que se diz leal a Bolsonaro tenta controlar o PSL ou sair do partido sem ser afetado pela lei de fidelidade partidária.
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Na semana passada, o grupo tentou retirar o atual líder da bancada, Delegado Waldir (GO), do cargo e emplacar o filho do presidente Eduardo Bolsonaro (SP), em uma manobra com o apoio de Bolsonaro, mas que não deu certo.
Em retaliação, o PSL suspendeu cinco parlamentares do grupo bolsonarista e ameaça tirar os filhos do presidente Eduardo e Flávio do controle dos diretórios do partido em São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.
Bolsonaro afirmou que "essas coisas acontecem". "É igual uma ferida, cicatriza naturalmente", disse.
O presidente chegou nesta madrugada, horário do Brasil, a Tóquio, onde participa na terça-feita da cerimônia de entronização do novo imperador japonês, Naruhito. Terá ainda uma reunião bilateral com o primeiro-ministro, Shinzo Abe, e encontros com empresários japoneses e brasileiros.
A segunda etapa de viagem será a China, e em seguida Bolsonaro vai a Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar.