Trata-se de um segmento disputadíssimo o de estão produtos consolidados como o Jeep Compass, estreantes como o Toyota Corolla Cross além de Chevrolet Equinox (prestes a mudar), Ford Territory e Mitsubishi Eclipse Cross. Assim a Volkswagen sai para a briga com o Taos, crossover posicionado acima do Nivus e T-Cross, cujas vendas mostram a boa competitividade da marca com um pacote interessante.
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Já no primeiro contato que o R7-Autos Carros teve com a novidade, no início do ano, a promessa era de um jogador importante para o time da marca. Com design fiel ao estilo atual, motor 1.4 turbo já conhecido e boa oferta de itens de série o Taos rodou por cidades e estradas para provar seus atributos. E surpreendeu.
Visual conservador
Para não destoar da família, o Taos traz linhas e recortes retos e interessantes bem distantes do perfil arredondado e afilado dos modelos asiáticos. A grade se integra ao pára-choque em preto brilhante formando um “X” e os faróis ganham perfis em LED por toda a dianteira mas ficam quase apagados de dia. A lateral tem desenho bem definido e a coluna C é larga tendo a traseira igualmente formada por traços retilíneos parecidos com o Tiguan. O espaço é generoso e promete surpreender o Compass pois o Taos é mais alongado (4,46m), largo (1,84m), com entre eixos (2,68m) e porta malas maior de 498 litros. Pesa 1.420 litros, alinhado aos concorrentes mas não é tão alto (1,62m), ponto que será destacado mais adiante.
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Espaço para a família
Assim, por dentro, o Taos impressiona pelo tamanho e bom aproveitamento de espaço. Comportou bem quatro malas em uma viagem, bem como quatro passageiros altos que elogiaram a sensação de amplitude. O detalhe fica por conta do túnel central bem elevado, característica de todo veiculo com a plataforma MQB.
À frente, o painel de traços retos é sóbrio mas poderia ser melhor. O plástico rígido é bem encaixado mas o Taos merecia algo melhor. Destoa e muito ver o tabelier plástico com um vão superior enquanto a forração da porta dianteira traz soft touch. Ao mesmo ele incorpora um tecido costurado de camurça e uma capa cinza sobre a parte do meio para transmitir mais qualidade.
No console se nota que há elementos do Tiguan mas com poucos botões funcionais, outro deslize. Apesar disso, na versão testada, que é a mais cara, há bons comandos do ar digital, câmbio, freio de estacionamento com acionamento elétrico e o volante com a nova identidade da marca Volkswagen. No Taos há pacote de seis airbags além de assistente de partida em rampa, controle de Cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e alertas de tráfego traseiro cruzado e de ponto cego.
Os passageiros elogiaram a qualidade do som Bose e a multimídia VolksPlay fácil de mexer com vantagens de projeção sem fio para os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Também há controles do carro para os modos de condução e outros ajustes. O LED IQ Light também oferece boa iluminação com ajuste automático e bonitos DRLs que só deveriam ser mais fortes. Vale destacar também os itens como carregador de celular sem fio, saída de ar condicionado e porta copos no banco traseiro e quatro pontos de carga USB-C. Poderiam ser USB comum mas tudo bem.
Motor conhecido com acerto específico
O Taos usa a plataforma MQB sendo produzido na Argentina somente com o conhecido motor 1.4TSi de 150cv e 25,5kgfm de torque. Ao volante, boa dirigibilidade de sempre mas altura em relação ao solo que poderia ser um pouco mais elevada. No dia a dia se pode lembrar bem de uma station wagon e isso não é demerito.
A suspensão tem curso confortável usando sistema independente McPherson na dianteira e Multilink na traseira. Em termos técnicos traz 246mm vão livre do solo entre os eixos, além dr ângulo de ataque de 19° e ângulo de saída 26,3°. Embora de certa forma avantajado responde bem nas curvas e situações onde entram em ação os controles de tração e estabilidade.
A aceleração de zero a 100km/h surpreende pelos 9,3s e há nítidas diferenças entre os modos de condução e respostas do motor TSI. Com seis marcas, as trocas são sempre suaves no escalonamento certo. O único ponto que poderia ser melhor é o endurecimento da direção elétrica em velocidades mais altas. Mesmo no modo esportivo ela continua pouco progressiva e requer atenção.
Lembra da altura de SUV? O Taos parece mais baixo mas entrega boa ergonomia enquanto modelos concorrentes tendem a ser mais altos e assim mais instáveis. Abastecido com etanol a média geral do Taos foi de 9km/litro bebendo mais na cidade (7,5km/l) e menos na estrada (10km/h). Com gasolina fez 9km em ciclo urbano e 11,5km/l no rodoviário.
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O preço cobrado pela versão avaliada é R$ 191 mil o que já inclui o teto solar panorâmico e as rodas escuras aro 18 bem como teto e retrovisor pintados em preto brilhante. Há versões com preço a partir de R$ 154 mil e para ter o teto será preciso desembolsar R$ 5,5 mil adicionais. Vantagem está no preço das revisões pois as três primeiras são gratuitas e o comprador só vai gastar algo após a quarta parada na concessionária. Entre os 40 e os 60 mil km o valor total de revisões será R$ 2.786,50. Assim, a Volkswagen recheou bem seu estreante para buscar um lugar de destaque ao sol com preço alinhado aos rivais e vantagens de boa lista de equipamentos, espaço interno invejável e a mecânica já conhecida pela eficiência e desempenho.