Chevrolet Tracker 2026: primeiro teste com o renovado SUV compacto
Motor ficou mais potente e ágil e SUV ficou mais equipado e caro na linha 2026

A Chevrolet apresentou na última semana o Tracker 2026. O SUV estreou na atual geração em 2020, mas há cinco anos não recebia nenhuma mudança e agora a GM mexe no seu produto que foi líder. Embora tenha posição de destaque nas vendas, o modelo está atrás do Volkswagen T-Cross e Hyundai Creta, por exemplo.
O Tracker 2026 ganha um novo visual mais esportivo, com poucas mudanças por cima e por baixo do capô, mesmo assim, ainda é possível sentir as mudanças, na prática.
O R7-Autos Carros testou a novidade na versão RS em Minas Gerais, entre Belo Horizonte e a cidade histórica de Ouro Preto.

Apesar de seus cinco anos de vida, o visual da Tracker “envelheceu bem”. Ganhou novos faróis afilados e na versão RS, grade pintada em preto brilhante, mantendo faróis de neblina e com novos para-choques. O alinhamento de visual agora o deixa mais próximo do Equinox, por exemplo, e com outros produtos da Chevrolet vendidos fora do Brasil.

Há novas lanternas que mantiveram o mesmo formato e apliques novos no para-choque para diferenciar. As rodas são novas e na versão RS tem aro 18.
Interior do novo Chevrolet Tracker RS 2026
Por dentro, o Tracker RS procura ousadia. Os bancos têm espuma mais densa e combinam o couro preto e vermelho — talvez um pouco “vermelho” demais. O aplique sobre o painel plástico é de toque suave com acabamento costurado para emoldurar o painel de 8 polegadas (aprox. 20 cm) e a multimídia agora de 11 polegadas (aprox. 28 cm).

Esse multimídia, assim como o painel, são os mesmos que estrearam na Spin e deram um ar mais moderno para o Tracker 2026. Há comandos de fácil leitura, como o painel digital, e na multimídia há controles de temperatura do motor, pressão do óleo, voltímetro, entre outros que são raros de se ver até mesmo em carros mais caros.
A multimídia também tem boa resolução e câmera de ré que melhorou bem como manteve o Wi-Fi a bordo e controles para o sistema de concierge OnStar. Claro, o espelhamento é sem fio para Apple CarPlay e Android auto.

A versão RS assim como a Premier trazem alerta de ponto cego, alerta de frenagem automática e trazem mais itens de segurança para o SUV compacto da GM. Ficam devendo só um sistema mais completo como controle de cruzeiro adaptativo que alguns SUVs desse segmento (e desse preço) já trazem, assim como freio eletrônico de estacionamento. Em seu lugar está lá a tradicional alavanca.
Motor muda pouco
Na RS e Premier a GM manteve o motor 1,2 litro turbo. Os três cilindros ganharam uma recalibração. Na verdade, duas. Em janeiro a GM já havia anunciado a introdução da injeção direta de combustível e agora, para atender além do PL8 os requisitos do programa “IPI verde” a unidade de 139/141cv e 22,9kgfm foi recalibrada. Mas por sorte os números seguiram sem mudar diferente das versões 1.0 turbo.

A GM também trocou o fornecedor da correia banhada a óleo, que continua presente, mas tem sido um tormento para alguns donos da linha Onix/Tracker. Segundo a GM, a troca da correia resulta em maior resistência aos casos de uso de lubrificante inadequado, o que a marca diz que é a causa de problemas para alguns donos.

Neste caso o Tracker que fazia 0-100km/h em 11,1s agora faz o mesmo em 9,7s. A máxima de 180 agora passa a 190km/h e o consumo melhorou. Agora o Tracker 2026 1.2 turbo faz de 7,6 a 9,7km/l com etanol e 11 a 13,7km/h com gasolina segundo o Inmetro.
Teste na prática
O Tracker 2026 ficou mais agradável aos olhos e segue jovial na proposta. Como seus concorrentes T-Cross (exceto o 1.4 TSI da versão Highline), Hyundai Creta (exceto o 1.6 turbo) e Nissan Kicks, é um três cilindros turbo bem esperto e ágil.

Com a injeção direta, o motor evolui rápido com a mesma vibração de antes que é bem aceitável dentro do que o segmento oferece. A direção elétrica está mais precisa do que antes e se nota que os pneus mudaram, pois na estrada o Tracker está mais silencioso.

O painel mais moderno, ainda que não seja uma grande novidade — pois todos os concorrentes trazem soluções similares — melhora o uso no cotidiano. E mesmo sem mexer nas medidas, o Tracker oferece um bom porta malas e bom espaço no banco traseiro.

Na gama do novo Tracker a versão RS custa R$ 190.590, bem pouco a mais do que a Premier de R$ 189.590. Em um primeiro contato foi possível notar que a GM evoluiu seu produto para se manter competitiva em um disputadíssimo segmento de SUVs feitos no Brasil e com perfil compacto.
Novo Tracker 2026 ao vivo: o que mudou no SUV mais vendido da GM. VEJA O VÍDEO!
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