Great Wall: marca terá híbrido puro e vai nacionalizar produção em 2024

Durante o anúncio de estreia da Great Wall Motors (GWM) no país com o HAVAL H6 com motor híbrido e sistema Plug-in, os executivos da marca deram mais detalhes sobre os planos futuros da gigante chinesa. Nesta matéria vamos detalhar os planos para dois novos produtos da GWM.

A estreia do HAVAL H6 será ainda no primeiro trimestre de 2023 e dentro de alguns dias o R7-Autos Carros vai revelar os segredos do crossover híbrido que terá 393cv somando motor turbo 1.5 a gasolina com dois motores elétricos e bateria de 45kw que rende até 170km de autonomia elétrica.

HAVAL híbrido puro

Voltando à estratégia, durante a apresentação detalhada do modelo engenheiros responsáveis pelo projeto deixaram clara a informação de que a marca terá o HAVAL H6 na versão híbrida comum, sem abastecimento externo. Em um dos slides de detalhamento da motorização, a sigla “HEV” (híbrido) que é diferente de “PHEV” (híbrido plugin) mostra a diferenciação.

Neste caso será um híbrido comum com bateria menor e motor 1.5 que pode estrear já com motor flex. O HEV já foi homologado com consumo de 12,3 km/litro na cidade e 13,6 km/litro na estrada, bem abaixo dos 25km/l mas que pode ter preço interessante para brigar com modelos puramente a combustão mirando também o Toyota Corolla Cross. Assim até o fim do próximo ano a Great Wall teria duas versões do HAVAL H6.

Pick-up Poer

A esta altura do campeonato, a marca já terá apresentado também a pick-up Poer que pode ter o mesmo conjunto do HAVAL. Segundo a Great Wall Motors, esse propulsor deve entregar entre 230 e 430 cv com torque entre 41,8 kgfm e 77,7 kgfm.

A tração será integral e a bateria terá 45 kWh, o que confere uma autonomia de 200 km com 100% da bateria carregada. Esse modelo mira a Chevrolet S10, Toyota Hilux, Ford Ranger, Nissan Frontier e Mitsubishi L200 além da Volkswagen Amarok. Nenhuma das pick-ups atuais oferece motorização híbrida no país.

Poderíamos até receber SUVs a gasolina

De olho no mercado do Brasil, a GWM que vem estudando a fundo nosso potencial desde 2014, quase bateu o martelo em modelos com motor puramente a combustão.

Fontes ligadas à marca afirmaram que se dependesse da matriz na China, o Brasil teria o HAVAL a combustão por aqui para oferecer uma opção de volume aos concessionários da marca. No entanto, em conjunto com a engenharia baseada no Brasil a decisão ficou por iniciar a entrada da marca com modelos importados e com o apelo da eletrificação em busca de incentivos tributários, tanto no Estado de São Paulo, quanto ao integrar o programa Rota 2030.

Vale lembrar que a GWM comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, onde irá iniciar a produção efetivamente em 2024.