Novo Mitsubishi elétrico poder fazer Renault voltar aos EUA
Eclipse EV usa plataforma compartilhada com vários modelos franceses
O nome Eclipse ainda divide opiniões entre os entusiastas. Símbolo de esportivo nos anos 1990 ele voltou como SUV e ajudou a “segurar” um bom desempenho para uma marca que luta para de firmar além do segmento de picapes. Agora, o Eclipse Cross dá um passo rumo à eletrificação com a estreia de sua versão 100% elétrica, revelada em Bruxelas. E esse carro deve ser vendido nos Estados Unidos o que pode significar de forma indireta um retorno da Renault ao mercado norte-americano.
Isso porque apesar da carroceria com a identidade visual da Mitsubishi, o modelo é na verdade um Renault Scenic E-Tech rebatizado. A novidade utiliza a plataforma CMF-EV, desenvolvida em conjunto pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, a mesma que sustenta outros elétricos do grupo. Grosso modo, o Mitsubishi Eclipse Cross tem parentesco com os Renault como Scenic, Captur e tantos outros.
O design segue a linguagem Dynamic Shield da marca japonesa, semelhante a modelos como o Xforce e o Destinator vendidos no Sudeste Asiático, com estilo próprio da Mitsubishi e calçado com rodas de 19 ou 20 polegadas. Como SUV compacto/medio, o Eclipse EV tem 4,47 metros de comprimento, 1,85 m de largura e 1,58 m de altura.
Por dentro, o crossover aposta em tecnologia e conforto: teto panorâmico eletrocrômico, iluminação ambiente em 48 cores, multimídia vertical de 12,3 polegadas com serviços Google integrados, além de som Harman Kardon de 410 watts. O painel de instrumentos digital acompanha o conjunto. Olhando bem de perto ele tem grande semelhança com o novo Megane E-Tech com telas integradas sendo a multimídia voltada ao motorista.
Motor do Eclipse EV
Na parte mecânica, o Eclipse Cross EV traz motor elétrico síncrono de ímã permanente com cerca de 214 cv e 30 kgfm de torque, acoplado a uma transmissão de uma marcha. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 8,4 segundos, com velocidade máxima limitada a 170 km/h. A bateria de 87 kWh garante autonomia próxima de 600 km pelo ciclo WLTP, e há planos para uma versão de médio alcance em 2026.
O modelo conta ainda com recarga em corrente alternada de até 22 kW e carregamento rápido em corrente contínua de até 150 kW, além de quatro níveis de regeneração de energia e modos de condução que vão do Eco ao Sport.
A Renault dessa forma poderia voltar ainda que de forma indireta para os EUA. A marca atuou por meio de um importador nos anos 1960 vendendo a linha Dauphine e depois nos anos 1980 de forma oficial com AMC.
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