T-Cross Highline 2025 traz desempenho, mas custa o mesmo que um SUV médio
Dirigibilidade é ponto de destaque para cliente não olhar para simplicidades e preço alto
A Volkswagen renovou o T-Cross na linha 2025 e agora ele ficou mais competitivo e mais moderno nas linhas mantendo a mesma motorização. Depois de testarmos o T-Cross Comfortline 200 TSI agora foi a vez de testar o Highline 250TSI, a versão mais equipada e mais cara do SUV compacto mais vendido do país.
Visualmente a Volkswagen seguiu o estilo dos seus modelos já vendidos na Europa. Há uma nova grade e para-choque em toda a linha com novas lanternas traseiras, mas essencialmente o T-Cross não mudou. A versão Highline é visualmente mais refinada: tem frisos e detalhes cromados, roda diamantada e interior com um nível superior de acabamento. Mas não tanto.
Nessa versão as rodas são aro 17, há faróis em LED que, no entanto, perderam projetores e foram melhorados com espelhos. O farol auxiliar também deixou de existir, mas como um todo o visual ficou mais elegante.
Interior com poucas mudanças
Por dentro o T-Cross Highline mantém o mesmo estilo sóbrio com linhas retas sem grandes mudanças. A diferença está no revestimento parcial costurado imitando fibra de carbono e também novas molduras em preto brilhante. No entanto, tudo segue como antes com muito plástico duro e nada de superfície macia ao toque a não ser nas forrações de porta que são novas.
Nesta versão Highline o T-Cross mantém o painel digital, multimídia Volksplay de 10”, ar condicionado digital Climatronic automático além de saída para o banco traseiro onde estão 2 pontos USB-C totalizando 4 no veículo.
Nesta versão há teto solar panorâmico e elétrico e também completo pacote Adas. É de série? Não. É pago separadamente o que faz o T-Cross alcançar os R$ 186,8 mil mais distante do que os R$ 175,9 mil sem estes dois itens.
Mecânica não muda
O motor não sofreu alterações e esta é uma boa notícia. Segue o 250TSI de 150cv e 25,5kgfm de torque combinado com câmbio automático de seis marchas. O comportamento dinâmico é muito bom visto que a carroceria não é muito alta, o veículo acelera muito bem especialmente na estrada com fôlego especial nas rotações mais altas e tem uma boa dirigibilidade também visibilidade.
Este, aliás, é o seu grande ponto positivo. A calibração da direção é bem precisa e fica um pouco mais rígida conforme a velocidade aumenta. Nesta versão, o revestimento interno também parece melhor e o carro um pouco mais silencioso também por conta do motor que é um quatro cilindros e não três cilindros, como nas demais versões.
A evolução de marchas é boa e o torque aparece já a partir das 1.700rpm o que traz agilidade. Ao longo da nossa convivência com o carro por uma semana o consumo registrado foi de 8,7km/l com etanol e com gasolina por volta de 13km/l ao longo do nosso teste.
Boa direção e pacote completo de itens de série tem seu preço: e no caso do Volkswagen esse preço é bem alto. Com o Highline dependendo da condição é possível comprar o Taos com o mesmo motor, talvez menos equipado, mas pelo mesmo preço. Também dá para comprar Jeep Compass e com um pouquinho mais de orçamento um Corolla Cross 2.0. Compensa? Para muitos clientes, sim, mas é preciso refletir sobre a necessidade de ter um SUV com desempenho, mas de porte compacto ou um modelo médio, porém menos equipado pelo mesmo preço.
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