Com medo de novo ataque, Israel pede que torcedores não compareçam a jogo hoje à noite na Itália
A violência contra judeus durante partida na Holanda alertou os sistemas de segurança de Israel e o medo do avanço do antissemitismo
O novo chanceler de Israel, Gideon Sa’ar, voou com urgência para a Holanda a pedido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após o ataque sofrido pelos torcedores do Maccabi Tel Aviv nas ruas de Amsterdã.
Não é para menos. A situação é alarmante. Não se via uma violência dessa contra judeus desde que Adolf Hitler e os nazistas chegaram ao poder na década de 30.
O ataque que deixou cinco judeus feridos e mais de 60 hospitalizados acendeu alerta vermelho em toda Europa. O que mais preocupa às autoridades: tudo pareceu premeditado. Torcedores com bandeira pró-Palestina circulavam nas ruas de Amsterdã antes do jogo do time israelense do Maccabi Tel Aviv contra o Ajax, válido pela Liga Europa.
O caso também levantou condenação da União Europeia. O presidente francês Emannuel Macron disse hoje que o caso relembra “os tempos mais sombrios vividos no continente.”
O governo de Israel começou a evacuar cidadãos da Holanda hoje. Em conversas com a imprensa local, os torcedores contam que foram agredidos um dia antes do jogo. Dez pessoas ainda seguem detidas.
Hoje à noite, o Maccabi Tel Aviv joga contra o Bolonha, na Itália. O medo é um novo ataque e dessa vez mais intenso. Por isso, o Conselho de Segurança Nacional pediu para que os torcedores evitem o jogo. Netanyahu foi mais enfático e voltou a citar as agressões como atos nazistas.
“Amanhã, 86 anos atrás, foi a Kristallnacht, quando judeus em solo europeu foram atacados por serem judeus. Isso agora se repetiu”, disse ele se referindo à “noite dos cristais”, em novembro de 1938, quando houve uma onda de ataques contra judeus em toda Alemanha promovida pelos líderes nazistas.
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