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Blog do Zamataro

Exclusivo: Israel monitora aumento da presença do Hezbollah no Brasil e América Latina, diz embaixada

A informação foi confirmada pela embaixada de Israel na Costa Rica, que acompanha de perto a situação na América Latina

Blog do Zamataro|Luiz Felipe ZamataroOpens in new window

Israel está preocupado com avanço do Irã - principalmente na América Latina. De acordo com informações da embaixada na Costa Rica, com o qual o titular do blog teve conversas por e-mail, o grupo terrorista Hezbollah e radicais iranianos têm “bases” em vários países do nosso continente, incluindo o Brasil.

Terroristas do Hezbollah mantêm bases na América Latina Reprodução/Instagram @iran_in_lebanon - 19/08/2024

“Conforme foi publicado em novembro de 2023, houve ativistas do Hezbollah detidos no Brasil, estamos preocupados que haja mais casos que ainda não descobrimos.”

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Eles não entraram em mais detalhes sobre as prisões e investigações dos casos. Mas, a embaixada explicou que os serviços de inteligência israelenses ajudaram países latino-americanos a localizar e prender membros de grupos terroristas ligados ao Irã nos últimos anos. E deu alguns exemplos:

“Durante o ano passado, nós, israelenses, em cooperação com as forças policiais locais, interceptamos grupos terroristas apoiados pelo Irã na Argentina, Colômbia, México e Peru. Não sabemos que outros grupos ainda não encontramos e estamos preocupados que se dupliquem noutros países com governos hostis.”


Nesse caso, quando usam a expressão “hostis”, eles se referem à Venezuela, do presidente Nicolás Maduro e à Nicarágua, de Daniel Ortega. Países radicalmente de esquerda - e que já mostraram contra o atual governo de Israel - e favoráveis ao regime iraniano.

“Não temos confirmação que possamos partilhar, mas a presença crescente do Irã e o grande número de visitas de alto nível são uma grande preocupação para nós. É importante mencionar que, além de um dos convidados de honra na posse de Daniel Ortega em janeiro de 2022, é um funcionário iraniano procurado na Argentina por seu papel em atos de terror em 1994.”


O medo do serviço secreto de Israel é de que o pequeno país da América Central vire uma espécie de “base”, de treinamento e recrutamento de terroristas no continente.

“Preocupa-nos que, com os fortes laços entre a Nicarágua e o Irã, o modelo que foi descoberto no Brasil, ou um ataque como o da AMIA em Buenos Aires, seja copiado para a Nicarágua.”

O ataque da AMIA - o maior atentado terrorista da história da Argentina - foi realizado em 1994, na Associação Mutual Israelita Argentina. Foram 85 mortos. Israel acredita que o grupo Hezbollah, com a conivência do governo do Aiatolá Khamenei, esteja por trás do ataque. O Irã sempre negou as acusações.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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