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Visita de Bolsonaro à Rússia gera saia justa diplomática

Risco de invasão da Ucrânia gera cobranças de que brasileiro visite Kiev e mostre neutralidade. Comitiva decola em duas semanas

Christina Lemos|Do R7

Presidente Jair Bolsonaro mantém missão oficial, apesar do risco de 'sinal truncado' de apoio a Putin
Presidente Jair Bolsonaro mantém missão oficial, apesar do risco de 'sinal truncado' de apoio a Putin Presidente Jair Bolsonaro mantém missão oficial, apesar do risco de 'sinal truncado' de apoio a Putin

A viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) e equipe à Rússia, prevista para daqui a quinze dias, gera preocupações diplomáticas e até cobranças, diante do momento de tensão que envolve o país e a comunidade internacional, por causa do suposto risco de invasão da Ucrânia. O temor de setores da diplomacia brasileira e até de assessores do Planalto é que haja “sinais truncados” na interpretação da comunidade internacional do que, a princípio, é uma missão de caráter comercial e institucional – “nessa ordem”, explica fonte ouvida pelo blog.

Em entrevista à Record TV nesta segunda (31), o presidente Bolsonaro – que deseja manter a viagem – tentou delimitar a questão do conflito que envolve a Ucrânia e distanciar-se do tema. “Queremos cada vez mais é integrar com o mundo na relação comercial e poder colaborar, no que for possível, para a paz mundial”, ressaltou.

No fim de semana, o conselheiro da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach, cobrou um posicionamento do Brasil em relação à “crise geopolítica”. Uma vez que o Planalto não desejaria transformar a visita de Bolsonaro em um gesto de apoio a Vladimir Putin, o presidente deveria equilibrar seu gesto com uma visita a Kiev – sinalizou o diplomata. O Itamaraty não cogita essa possibilidade e mantém a missão a Moscou.

A chancelaria americana também estaria trabalhando contra a missão oficial brasileira à Rússia, mas, até segunda ordem, a organização da viagem está em pleno andamento, incluindo tratativas de segurança e da agenda de compromissos.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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