A polêmica que envolve nossa petrolífera está mexendo com meus miolos. Passei diante de um posto ontem, vi a placa de gasolina a 5,297 e pensei: “O Bolsonaro tá certo, alguém tem de fazer algo”. Vi o preço do gás na pesquisa do Mercado Mineiro e não tive dúvidas: algo tem de ser feito. Aí, as manchetes dos jornais dizem que a Petrobrás ficou 100 bilhões de reais mais pobre.
Ligo para um empresário bem-sucedido, o Rono, e ele é claro: “Eduardo, é o mercado, no governo da Dilma as ações da Petrobrás caíram a 4 reais e ela não acabou... Bolsa é especulação e quem está lá sabe dos riscos de ganhar ou perder... As ações da Vale chegaram a 20 reais, hoje estão a 90 e o mundo não cai por causa disso”,
Fico mais ainda do lado do presidente, mas, por medida de segurança, ligo para Rita Mundim, que é do ramo. Ela responde:
“Ele está certíssimo, ele investe no negócio dele; quem quer comprar dos outros, vai à Bolsa, mas, aí gestão não é sua... É escolha do risco do negócio... por isso chama renda variável... Se a notícia boa a expectativa é que ganhe mais dinheiro...A gente compra e vende o futuro, e ele será afetado pelas decisões e os fatos do presente... cada um faz o seu cenário... É especulação”.
A Rita ainda diz que o preço formado no mercado é da maior transparência, pois, é a tradução da ganância e do medo...
Conclusão minha: jamais vou entender como o acionista majoritário, presidente de um país, não pode mudar a direção de uma empresa sem ser chamado de populista, maluco.
Suspeita minha: o mercado é a tradução fidedigna dos humanos, ou seja, se eu sou rico, quero ficar mais rico sem me importar se o vizinho está sem gás para fazer o almoço... Ah, e não quero por o meu na reta, abrir um negócio, gerar emprego, especular dá mais dinheiro que trabalhar...
Certeza minha: gosto é do Mercado Central.