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Falta de Educação

Prefeitura de BH não retoma as aulas presenciais para alunos maiores de 6 anos desde o início da pandemia

Eduardo Costa|Eduardo Costa

Alunos maiores de 6 anos ainda não voltaram às salas de aula em BH
Alunos maiores de 6 anos ainda não voltaram às salas de aula em BH

Por que algumas realidades óbvias são ignoradas, mesmo sabendo que os fatos não deixarão de acontecer só porque não queremos vê-los? Por que a Prefeitura de Belo Horizonte e outras - muitas outras – por todo o Estado são tão omissas em relação à Educação?

Repararam que escrevi Educação com “E” maiúsculo? É porque trato do ensino de verdade, ferramenta de crescimento dos humanos, instrumento de sociabilidade, alavanca para países pobres como o nosso e única porta da esperança, dos que nasceram sem sobrenome famoso, para uma vida melhor. E o fosso entre o que se aprende nas escolas públicas e privadas aumenta com a pandemia, especialmente em municípios cujos prefeitos nunca tiveram contato com crianças pobres.

Quinze meses se passaram e a Prefeitura de Belo Horizonte não retoma as aulas presenciais para alunos maiores de seis anos e não convence que tem ensino à distância minimamente respeitável. Agora, na segunda, mais uma reunião, com Defensoria Pública e outros órgãos para discutir, discutir e nada decidir.

Desta vez, o Ministério Público não foi. Cansou. Entrou com uma ação civil pública, convidou a Prefeitura para discutir seriamente e o prefeito vetou. Agora, o MP avisa que qualquer acordo, sem sua anuência, não impede as ações de improbidade ou penais contra as autoridades, incluindo o prefeito.


Parece que está bom para o prefeito, reeleito; para os professores, em casa, com pagamento em dia, e, para os vereadores, exceção de Flávia Borja, que aprovou projeto na Câmara tornando o ensino atividade essencial para ver se as aulas voltam.

Impressionante. Mas, os estudantes ricos, filhos de pais que decidem, influenciam, exigem, estão com aulas à distância, de verdade e, tocando o futuro. Os pobres? Ah, ficam jogados à própria sorte, na rua, no bar (que não fecha na periferia), ou no apartamento, mais sujeitos aos abusos.

Quero ver se, após a COVID, conseguiremos retomar o pouco de convivência que ainda existia entre as pessoas, sobretudo as crianças.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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