O bom senso vai resolver
Cenas de aglomeração e falta de proteção como o uso da máscara, circularam antes, durante e depois do jogo do Atlético e River
Eduardo Costa|Eduardo Costa
O jogo do Galo com o River foi um espetáculo raro, de técnica, respeito ao adversário e engajamento publico e paixão. Seguramente pode se repetir nesta sexta, quando os cruzeirenses devem viver a mesma emoção do reencontro com o time depois de um ano e meio de pandemia.
Cenas de aglomeração e falta de proteção como o uso da máscara, circularam antes, durante e depois do jogo e exigem sim reflexão porque a ameaça do vírus persiste, embora já possamos sonhar com dias melhores.
Veja também: Após aglomeração, BH cogita suspender público em estádios
Faz bem a Prefeitura de chamar dirigentes dos clubes e do estádio para uma conversa. Franca. Construtiva.
Tenho certeza de que vão encontrar o melhor jeito de continuar com a torcida no campo, sem riscos de contaminação. Só dará certo se cada um fizer a sua parte. A administração do Mineirão cuida e fiscaliza o interior. Do lado de fora, a Polícia Militar e a Guarda Municipal cuidam da ordem e do distanciamento, enquanto a Prefeitura põe seus fiscais nos bares, nos ambulantes e na cobrança de respeito aos protocolos.
Quando digo todos, incluo também nós, da mídia. Insistindo o tempo todo para que os torcedores tenham educação, bebam o suficiente para se alegrar e não tumultuar e lembrem-se de que o direito de cada um termina quando começa o do outro.
Vou dar aqui minha contribuição: limitar o acesso ao estádio a, no máximo, três entradas - Abraão Caram, Catalão e Lagoa e permitir a passagem apenas dos que têm ingresso. De repente, já conferem ali o exame negativo para a COVID. Pelo tanto de gente que estava na área externa suspeito que muita gente foi lá só para beber e se juntar, sem ingresso, e, convenhamos, não é hora de tal entusiasmo.
Quero, finalmente, fazer um apelo aos que decidem para que não se limitem a anunciar a proibição do público nos jogos. A cidade precisa respirar, viver e se alegrar porque, senão, vamos escapar da pandemia e morrer de depressão. E outra coisa: quando Belo Horizonte estava fechada no ano passado, todas as cidades de seu entorno tinham vida normal, o que era inexplicável porque a bomba estoura na UTI da capital. Agora, não vai adiantar dizer que o cruzeirense não pode ir ao Mineirão se tem uma festa de pagode prevista para o Mega Espace, em Santa Luzia, no sábado, com previsão de 10 mil pessoas. Portanto, bom senso é o que se espera.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.