Incidente com avião que resultou em evacuação de emergência nos EUA foi mais sério do que se imaginava, diz comandante
Boeing 737-800 MAX da American Airlines sofreu colapso no trem de pouso em alta velocidade

A ocorrência em que um Boeing 737-800 MAX da American Airlines sofreu colapso no trem de pouso enquanto corria para a decolagem no aeroporto de Denver, no Colorado, no fim de semana foi “bem mais sério do que se imaginava”, disse o comandante José Correia Guedes, piloto aposentado da portuguesa TAP, ao analisar as imagens do incidente que resultou na evacuação de emergência no último sábado (26). Com a pane, o motor número 1, localizado do lado esquerdo do avião, tocou a pista e se arrastou pelo asfalto, dificultando ainda mais o controle da aeronave.
Segundo a análise de Guedes, a decolagem foi abortada em alta velocidade, por conta do colapso do trem de pouso central esquerdo, deixando a aeronave instável e desequilibrada. “Abortaram a decolagem em alta velocidade com o avião completamente desequilibrado, apoiado apenas no trem [de pouso] direito e no trem [de pouso]de proa (dianteiro).”
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
Todos os 173 passageiros e 6 tripulantes evacuaram a aeronave em segurança, embora alguns tenham deixado a aeronave portando bagagens de mão, o que é totalmente condenável nessas situações. Retirar bagagem de mão em momento de evacuação de emergência atrasa a saída do avião e compromete a segurança de todos a bordo. O Secretário de Transportes dos Estados Unidos, Sean Duffy, cobrou explicações sobre a ocorrência e condenou a atitude de alguns passageiros. “Deixem a bagagem para trás”, apelou Duffy em uma rede social.
Ao relatar o incidente, a companhia aérea acrescentou que uma combinação de pneus furados e a desaceleração da aeronave resultou em um pequeno incêndio nos freios.
O comandante classificou o trabalho do piloto como “fantástico”, por conseguir manter o Boeing dentro dos limites da pista naquelas condições adversas.
Para Guedes, o colapso do trem de pouso principal de uma aeronave durante a corrida para a decolagem tem tudo para acabar mal. Ao se perguntar como seria possível uma ocorrência desse tipo com uma aeronave nova, Guedes destacou a necessidade de uma resposta técnica do fabricante e da companhia aérea.
“Isto não pode acontecer. Boeing e American Airlines vão ter que explicar o que aconteceu”, ressaltando que a aeronave envolvida no caso, de matrícula N306SW, tem apenas quatro anos de idade.
✅Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
