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Luiz Fara Monteiro

‘Não aceitaremos aumentos abusivos nas passagens’, diz ministro de Portos e Aeroportos sobre fusão da Azul com a GOL

Silvio Costa Filho nega prejuízo aos passageiros com acordo e diz que preservação dos empregos e fortalecimento das aéreas são prioridade

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Ministro Silvio Costa Filho: fusão entre Azul e GOL fortalecerá as companhias e preservará empregos Luiz Fara Monteiro

O ministro de Portos e Aeroportos Silvio Costa Filho negou que uma eventual diminuição da concorrência com a fusão entre a Azul Linhas aéreas signifique um aumento automático de tarifas no setor aéreo nacional. Para entrar em vigor, o memorando de entendimento assinado entre a Azul e o grupo Abra, dono da GOL, depende de autorização do CADE, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O entendimento entre a Azul e o Grupo Abra, dono da GOL e da Avianca, foi noticiado pelo blog ainda em 2023. Detalhes como o processo de recuperação judicial da GOL postergaram a iniciativa.

“Não vamos tolerar aumentos abusivos, não vejo risco de aumento de preço de passagens, até porque tem o CADE, tem a Anac e a própria imprensa para fazer seu papel de fiscalização. No valor global houve redução de passagens no Brasil e perseguiremos essa pauta ao longo dos próximos anos”, disse Costa Filho.

Em um café da manhã oferecido a jornalistas nesta quinta-feira, Silvio Costa Filho minimizou o acordo entre as duas empresas e afirmou que a fusão é uma tendência mundial.

“Não vejo prejuízo para o Brasil, pelo contrário, acho que teremos o fortalecimento das companhias, da aviação regional e vai fazer com que mais aviões cheguem no Brasil e mais voos cheguem no país, as fusões vêm acontecendo no mundo”.


Na apresentação, o ministro fez um balanço dos 2 primeiros anos de gestão e destacou que 42 obras foram entregues em aeroportos de todo o país, com investimento de R$ 3,2 bilhões, sendo R$ 2,7 bi de concessões e R$ 509,6 milhões de obras com recurso publico e privado.

Costa Filho comemorou os 18,2 milhões de passageiros transportados no Brasil em 2024 e ressaltou que esse número ultrapassaria os 20 milhões não fosse a tragédia climática no Rio Grande do Sul no primeiro semestre do ano passado. Na ocasião, o MPor atuou para garantir a abertura de linhas de financiamentos para as aéreas, com o Fundo Nacional de Aviação Civil com R$ 4 bilhões para empréstimos.


O ministério destacou a inserção de 20 milhões de novos passageiros na aviação civil nos últimos 2 anos. Em 2024, mais de 118 milhões de passageiros utilizaram o avião para viajar pelo Brasil.

Sobre a crise global com falta de aeronaves e motores de avião no mercado, o ministro disse acreditar em uma solução gradativa pelas companhias. E comemorou o anúncio de uma nova rota internacional entre Recife e Porto, em Portugal, com voos inicialmente previstos para começar no meio do ano, operados pela Azul.


Segundo o ministério de Portos e Aeroportos, em 2024 houve uma redução equivalente a 5,1% no preço das passagens, em comparação com 2023. A tarifa aérea média foi de R$ 632,16. E mais da metade das passagens - 50,8% - foram vendidas abaixo de R$ 500,00. A taxa de ocupação dos voos foi de 84%, o maior índice desde o início dos registros em 2022.

O Secretário de Aviação Civil Tomé Franca destacou os R$ 70 milhões investidos na infraestrutura e logística para a COP 30, que será realizada esse ano em Belém, com obras previstas para serem finalizadas no mês de agosto.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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