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Quais são os desafios dos produtores de carne diante do tarifaço de Trump

Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio debateu gestão de crises, reputação e internacionalização das marcas do setor de proteína animal

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

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Ricardo Nicodemos, da ABMRA, e Ricardo Santin, da ABPA Foto cedida: ABMRA

O encontro promovido pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), em edição especial do Ideia Café, contou com a participação de Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), e discutiu os impactos do “tarifaço” de Donald Trump — uma das maiores preocupações do agronegócio brasileiro.

“Sabemos que é um grande desafio lidar com questões de reputação, imagem e também com o gerenciamento de tantas crises”, afirmou Ricardo Nicodemos, presidente da ABMRA.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Encontro da ABMRA discutiu os desafios do tarifação de Trump para o agronegócio brasileiro.
  • Sitin ressaltou a importância da negociação para evitar perda de mercados na suinocultura e produção de ovos.
  • Ações de marketing têm ajudado a fortalecer as marcas brasileiras de proteína no mercado internacional.
  • ABPA investe na promoção da qualidade dos produtos brasileiros e na presença na Ásia através de plataformas digitais.

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Ricardo Nicodemos, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro Foto cedida: ABMRA

No caso da suinocultura, que representa apenas 2% das exportações brasileiras de carne suína, embora o impacto no volume de produção não seja expressivo, a competitividade do Brasil pode ser prejudicada. Segundo Santin, a dependência de genética e insumos importados eleva os custos de produção, o que, sem uma negociação tarifária, pode resultar na perda de mercados estratégicos.

“A suinocultura pode perder mercados importantes, e isso teria um efeito em cadeia na economia nacional”, alertou Santin.


A situação é ainda mais delicada para o setor de ovos, responsável por 61% das exportações brasileiras na área. Apesar de os Estados Unidos enfrentarem escassez do produto devido a surtos de gripe aviária, a instabilidade nos preços provocada pelas altas tarifas representa um risco real para os produtores brasileiros.

Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal Foto cedida: ABMRA

“É hora de sentarmos à mesa e negociar, independentemente de política ou ideologia. O que importa é a saúde da economia e o bem-estar do nosso povo”, reforçou Santin.


As ações de marketing também foram destaque no encontro. Elas têm sido fundamentais para fortalecer a imagem das proteínas brasileiras no mercado internacional. Santin comentou sobre a criação das marcas Brazilian Chicken, Brazilian Pork, Brazilian Egg e Brazilian Duck como exemplos de estratégias bem-sucedidas.

“Até 50 anos atrás, o Brasil era importador de frango. Hoje, somos o maior exportador mundial”, lembrou Santin.


A ABPA tem levado essas marcas a feiras internacionais e promovido ações pontuais para divulgar a qualidade dos produtos brasileiros. Isso inclui a participação em eventos e a realização de seminários sobre sanidade avícola. A entidade também investe na ampliação de sua presença na Ásia, com iniciativas como a atualização semanal de conteúdos em mandarim em plataformas como WeChat e Youku.

“A ideia sempre foi transformar nossos produtos em símbolos de qualidade, representando a excelência do Brasil na produção de proteínas”, explicou o presidente da ABPA.

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