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Queijaria: conheça as regras para produzir um legítimo queijo em Minas Gerais

Levantamento aponta que existem 32 mil agroindústrias familiares de pequeno porte no estado

Mundo Agro|Fabi GennariniOpens in new window

Queijarias MG Foto cedida - Diego Vargas - SEAPA -MG

Minas Gerais é o estado responsável por 40% da produção de queijo no país. São cerca de 48 mil toneladas por ano, sendo 34 mil delas artesanais, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg).

No entanto, assim como qualquer alimento, a produção de queijo precisa seguir uma legislação específica. O registro de uma queijaria junto ao Estado envolve custos e exigências.

Ô, sô, cê já parou pra pensar em tudo isso que está por trás do queijo minas que você come todo dia no café da manhã?

O gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal do IMA, André Almeida, explica que, para obter o registro estadual, o produtor deve pagar, inicialmente, três taxas, calculadas em Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais (UFEMG): o registro de estabelecimento (167 UFEMGs), a taxa de vistoria (84 UFEMGs – devida apenas por produtores com CNPJ) e o registro de produto, ao custo de 33,61 UFEMGs por produto. Convertendo esses valores, o total é de R$ 1.574,18.


“A isso, somam-se as análises e testes (de água, de produtos, de sanidade animal) para passar pelos crivos dos órgãos de inspeção, que são totalmente por conta do produtor”, disse André.

E não para por aí. Além do registro estadual, há trâmites específicos nos âmbitos municipal e federal, que possuem exigências próprias.


E se eu te contar que até a estrutura da queijaria – como o tipo de revestimento, a bancada e os equipamentos – influencia na hora do registro?

Adquirir um produto registrado garante segurança para você e sua família. Quem produz e comercializa queijo sem registro está sujeito a multas e coloca a saúde do consumidor em risco.


Além disso, a regularização fortalece o setor, gera empregos e aumenta a renda dos produtores. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) estima que existam cerca de 32 mil agroindústrias familiares de pequeno porte no estado, mas o número de estabelecimentos irregulares ainda é desconhecido.

“Mas os municípios hoje estão bem mais atuantes no registro de queijarias, então os produtores buscam mais essa do que outras instâncias, pela facilidade e logística”, ponderou André Almeida.

O IMA espera, em breve, ter uma legislação mais moderna, que unifique as normas existentes e simplifique o acesso à informação para todos os queijos artesanais, e não apenas para o Queijo Minas Artesanal.

Pesquisas da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da assistência técnica da Emater promovem boas práticas de fabricação.

Ações como o Projeto Queijo Minas Legal, coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), além da Política Estadual Queijo Minas Legal (PEQML – Lei nº 24.993/2024), incentivam certificações, abrem novos mercados e fortalecem a imagem dos queijos mineiros, valorizando o trabalho dos produtores.

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