Vinho do sertão mineiro conquista prêmio nacional
Em Grão Mogol, no norte de Minas Gerais, produtores rurais apostam na uva francesa Merlot

Um grupo de produtores rurais de Grão Mogol, município localizado no norte de Minas Gerais, decidiu investir no cultivo de uvas para a produção de vinhos artesanais. A iniciativa começou em 2017 e, desde então, a colheita tem apresentado bons resultados.
Eles apostaram na fertirrigação, no manejo adequado das videiras e contaram com o apoio tecnológico de pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Apesar do cultivo ocorrer em uma região semiárida, a variedade francesa Merlot alcançou uma produtividade média de 4 quilos por planta, com duas safras por ano.
“A parceria estabelecida aqui, por meio da nossa Epamig e do IMA, no que diz respeito à sanidade, é fundamental para continuarmos crescendo, gerando emprego e renda. Grão Mogol é um novo Eldorado”, afirmou o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.

No ano passado, o vinho Casa Velha, produzido pela vinícola Vale do Gongo — dos empresários e irmãos Alexandre e Gésio Damasceno, e de Guilherme Saege — conquistou a medalha Grande Ouro no Concurso Nacional de Vinhos de Mesa, realizado em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
“Comprovamos o potencial do terroir do sertão mineiro”, comentou Alexandre Damasceno.
Atualmente, a Vale do Gongo produz cerca de 60 toneladas de uvas por ano. Parte da produção é destinada ao consumo in natura e o restante à elaboração de aproximadamente 15 mil litros de vinho por ano.
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