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Alta da Selic encarece prestações, mas faz dinheiro render mais

A Selic é a taxa básica da economia, que norteia todos os contratos que envolvem juros

O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo, do R7 e Sophia Camargo

Banco Central aumenta juros para tentar conter inflação alta
Banco Central aumenta juros para tentar conter inflação alta Banco Central aumenta juros para tentar conter inflação alta

O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou pela décima vez consecutiva a taxa Selic, que é a taxa básica da economia, de 11,75% ao ano para 12,75% ao ano, nesta quarta-feira (4). Há um ano, essa taxa estava em 2% ao ano.

Essa alta faz com que o custo do dinheiro fique mais caro. Isso é bom para quem tem dinheiro sobrando e ruim para quem precisa de dinheiro emprestado.

Como isso acontece?

Como a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, se ela sobe, todas as demais taxas cobradas para empréstimos sobem também, pois os bancos vão ter de pagar mais para pegar dinheiro emprestado e, por consequência, também vão cobrar mais de quem pedir empréstimo.

Para as pessoas, os efeitos mais imediatos do aumento da Selic são os seguintes:

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1) Fica mais caro pegar dinheiro emprestado

Quando a taxa Selic sobe, a tendência é que os juros cobrados pelos bancos para emprestar dinheiro ao consumidor e às empresas também aumentem, o que faz com que diminua a oferta de crédito.

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Como a taxa Selic é a taxa básica de juros da economia, se ela sobe, todas as demais taxas cobradas para empréstimos sobem também, já que os bancos vão ter de pagar mais para pegar dinheiro emprestado e, por consequência, também vão cobrar mais de quem pedir empréstimo.

Uma simulação da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) mostra que o aumento da taxa já vai encarecer o custo do empréstimo para quem quer financiar um automóvel, por exemplo.

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Quem quisesse tomar emprestados R$ 40 mil para comprar um automóvel com a Selic a 11,75% ao ano em 60 meses pagaria uma parcela de R$ 1.136,83, num total de R$ 68.209,83 (juros de 1,95% ao mês). 

Com a Selic a 12,75% ao ano, o juro sobe para 2,03% ao mês. As parcelas vão para R$ 1.159,09, resultando num total pago de R$ 69.545,53.

Ao fim do contrato, o consumidor iria pagar R$ 1.335,70 por conta do aumento da Selic.

2) As aplicações de renda fixa vão render mais

O rendimento das aplicações de renda fixa, como poupança, Tesouro Selic, LCI, CDB e fundos de renda fixa, também aumenta. Ou seja, o investidor ganha mais dinheiro para cada real que põe nessas aplicações.

Como fica mais "fácil" ganhar dinheiro investindo em renda fixa, os investidores não precisam tomar tanto risco para ver seu capital crescer, e, com isso, podem desestimular investimentos na economia real como as empresas, seja na criação delas, seja no investimento em ações de empresas que estão listadas na Bolsa de Valores.

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3) Consumo tende a cair

Como o custo do dinheiro fica maior, a tendência é que as pessoas gastem menos em compras e serviços.

4) Inflação tenderia a cair

Se o consumo diminui, isso pode ajudar a conter a inflação, já que as pessoas estão gastando menos. O motivo pelo qual o Banco Central está subindo a taxa de juros sem trégua desde março de 2021 é justamente este, a tentativa de derrubar a taxa de inflação. A última prévia mostrou a maior alta em 27 anos. A inflação alta é ruim para a economia e principalmente para os mais pobres, pois corrói o poder de compra das pessoas.

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Tem alguma dúvida sobre economia, dinheiro, direitos e tudo mais que mexe com o seu bolso? Envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo email sophiacamargo@r7.com.

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