Black Friday já está se tornando mais importante que o Natal, diz consultor
O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo
A Black Friday, dia de descontos que promete cortar radicalmente os preços para o consumidor, já está se tornando mais importante que o Natal para alguns segmentos como eletroeletrônicos, afirma Eugenio Foganholo, diretor da Mixxer, consultoria especializada em varejo e bens de consumo.
A avaliação do especialista é confirmada por uma pesquisa da Nielsen, que analisa dados de vendas no varejo.
Segundo estudo da consultoria divulgado nesta semana, o faturamento da Black Friday em 2016 foi de R$ 2,5 bilhões, já superior ao do Natal, que foi de R$ 2,4 bilhões. A avaliação inclui as vendas em hipermercados, supermercados e atacarejos.
Para o especialista, a data é muito importante para o varejo porque, ao contrário de outras datas de apelo ao consumo, como Dia das Mães, Dia dos Pais ou Dia das Crianças, a Black Friday tem um apelo universal, como o Natal.
— Enquanto no Natal as pessoas presenteiam os outros, na Black Friday compram para satisfazer seus próprios desejos de consumo, o que beneficia segmentos como celular ou TV.
Mês errado
O mês da realização da Black Friday, porém, não é a ideal do ponto de vista do varejo, afirma o especialista. A data foi importada dos Estados Unidos. Lá, ela acontece em meio a um feriado prolongado, na na sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças, comemorado na última quinta-feira do mês de novembro.
— Por ser no final de novembro, ela acaba canibalizando o Natal, tirando a força de vendas deste. Para atender o varejo brasileiro, o ideal seria que a Black Friday acontecesse em março ou em agosto.
Foganholo afirma ainda que a data está em um processo de consolidação, e que é muito importante firmar a ideia de que é um dia de descontos reais.
— Para as empresas éticas, que realmente praticam descontos, as vantagens no longo prazo tendem a ser muito significativas.
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