Confira os rendimentos de 10 aplicações de renda fixa com a taxa de juros em 13,75% ao ano
A aplicação que tem o maior lucro real é também a que tem o maior risco, mostra levantamento do buscador Yubb
O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo, do R7 e Sophia Camargo
Na última reunião deste ano, encerrada nesta quarta-feira (7), o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa de juros básica da economia, a Selic, em 13,75% ao ano.
Essa taxa elevada de juros preserva a atratividade dos investimentos de renda fixa, pelo alto retorno prometido.
Mas o investidor não deve só levar em consideração a taxa de juros quando se trata de escolher onde investir, mas também os impostos e a inflação, para saber qual é o rendimento real de uma aplicação.
Se o rendimento superar a inflação, isso significa que o investidor conseguiu ganhar dinheiro de verdade — ou seja, teve rendimento real. Mas se o rendimento foi menor que a inflação, na verdade o investidor perdeu dinheiro, já que a inflação retira o poder de compra das pessoas.
O boletim Focus da segunda-feira (5) projetou a inflação medida pelo IPCA em 5,92% ao ano. Há três semanas, a inflação estimada era de 5,63% ao ano.
Com base na última previsão de inflação, o buscador de investimentos Yubb calculou o rendimento de dez modalidades de renda fixa e comparou com o rendimento líquido (descontado o imposto de renda) e o rendimento real (descontada a inflação).
Todas as dez modalidades, incluindo a poupança, apresentaram rendimento real positivo, ou seja, superaram a projeção da inflação.
A poupança, velha conhecida, é a aplicação com menor rentabilidade; já a debênture estruturada tem a melhor rentabilidade, porém apresenta o maior risco entre as dez (leia mais sobre isso abaixo).
Confira o desempenho da renda fixa:
Debêntures incentivadas têm o maior retorno, mas também o maior risco
Debêntures incentivadas têm o maior retorno, mas também o maior risco
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas que oferecem direito de crédito ao investidor. Funcionam como um empréstimo feito para que as companhias consigam realizar seus planos. As debêntures incentivadas são papéis que têm isenção fiscal, ou seja, o investidor não precisa pagar imposto de renda sobre a rentabilidade. Elas têm esse incentivo porque buscam financiar projetos de infraestrutura.
Em compensação, esses papéis não têm a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que são uma espécie de seguro para determinados investimentos, como poupança, CDB ou LCA, por exemplo. Nesse caso, o investidor pode perder dinheiro se a empresa falir ou se houver qualquer problema que impeça o pagamento dos títulos.
________________________
Se ainda tiver dúvidas sobre economia, dinheiro, direitos e tudo o mais que mexe com o seu bolso, envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo email sophiacamargo@r7.com.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.