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O que é que eu faço Sophia

Juros a 6% ao ano: invisto em poupança, fundo ou Tesouro Selic?

Estudo mostra que, mesmo com rendimento menor, poupança ganha da maioria dos fundos de renda fixa; título do governo tem melhor retorno

O que é que eu faço Sophia|Do R7 e Sophia Camargo

Taxa de juros básica da economia é a menor da história
Taxa de juros básica da economia é a menor da história

Com a nova queda na taxa de juros para o nível mais baixo da história (6% ao ano), fica cada vez mais difícil um fundo de renda fixa ter um rendimento melhor do que a poupança.

Segundo estudo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com a Selic a 6% ao ano, a poupança passa a render 0,34% ao mês.

Quando a taxa Selic está abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança cai de 0,5% ao ano + TR (Taxa Referencial) para 70% da Selic mais TR.

Mesmo com um rendimento menor, a poupança rende mais que fundos DI com taxa de administração superior a 1%, mostra o mesmo estudo da Anefac. Veja no quadro:


Compare os rendimentos

Se alguém investir R$ 10 mil na poupança, teria um rendimento de 4,20% ao ano, ou R$ 420, totalizando R$ 10.420 na aplicação.


Se escolhesse um fundo de investimento com taxa de administração de 0,5%, o retorno seria de 4,53%, ou R$ 453.

Com uma taxa de administração de 1%, o fundo de renda fixa ainda teria um rendimento maior que o da poupança: 4,28% ou R$ 428.


A uma taxa de 1,5% ao ano, o rendimento do fundo passa a perder da poupança. A aplicação teria retorno de 4,03% ou R$ 403.

Com taxa de 2% ao ano, o rendimento cai para menos de 4% ao ano. Com essa taxa, o rendimento seria de R$ 378, ou 3,78% ao ano.

Se esse fundo cobrar 3% ao ano, o que não é difícil de acontecer no caso de o investidor ter pouco dinheiro para aplicar, o rendimento despenca: 3,29% ou R$ 329.

Tesouro Selic é melhor opção

A vantagem da poupança é que ela muito fácil de operar e não tem cobrança de taxa de administração nem Imposto de Renda. Mas é preciso ficar atento, pois se retirar o dinheiro da aplicação antes dos 30 dias perde todo o rendimento.

Com um pouco mais de trabalho dá para garantir um rendimento melhor: o caminho é o Tesouro Direto, plataforma que negocia títulos da dívida pública oferecidos como investimento.

O Tesouro Selic, a aplicação mais conservadora dentre as oferecidas no Tesouro Direto (as outras são o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+), rende 100% da Selic, com taxa de custódia de 0,25% ao ano e incidência de Imposto de Renda com alíquotas que variam de 22,5% para investimentos até 6 meses até 15% para os investimentos mantidos durante dois anos ou mais.

Pode ainda ter cobrança de taxa de administração, mas cabe ao investidor escolher uma corretora ou banco que não cobre essa taxa, para não perder rentabilidade. Veja quais são as taxas cobradas pelas instituições que operam o Tesouro Direto (nesse link, role a tela até o quadro em que aparecem as instituições habilitadas. Verifique então as taxas de administração cobradas).

Nesse caso, se investir os mesmos R$ 10 mil no Tesouro Selic (com a taxa anual de 6%), ao final de um ano o investidor teria R$ 493,50 de rendimentos, já descontado o IR de 17,5% (para aplicação de um ano) e a taxa de custódia, calcula Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac.

“Se já tem o dinheiro há algum tempo em um fundo DI, cujo IR será de 15% ao ano, o investidor não tem que pensar duas vezes: tira do fundo e aplica no Tesouro Selic, que além de tudo é garantido pelo governo”, diz Ribeiro de Oliveira.

Tem alguma dúvida sobre economia, dinheiro, direitos e tudo mais que mexe com o seu bolso? Envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo e-mail sophiacamargo@r7.com.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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