Cuidar das finanças é um problema para muita gente. Levantamento da Serasa revela que, em setembro, o Brasil tinha 68,39 milhões de pessoas com o nome negativado. Além do desemprego e doenças, o descontrole financeiro é apontado como uma das principais causas de endividamento. Mas uma dica simples pode ajudar a fazer o planejamento financeiro e organizar as contas da casa de forma constante: usar a regra 50-15-35. Essa regra propõe que a renda familiar seja dividida em três partes:• 50% para gastos essenciais • 15% para prioridades financeiras • 35% para estilo de vida Desse modo, tudo o que seja fundamental no orçamento não deve superar 50% da renda. E o que são esses gastos essenciais? São aqueles necessários à nossa vida, como aluguel, contas de luz, água, celular, gastos com transporte, com alimentação, gastos com educação etc. Já as prioridades financeiras devem ocupar 15% do orçamento. Se está endividado, por exemplo, essa parcela deve ser destinada ao pagamento desses compromissos. Se já estiver com as contas em dia, essa percentual deve ser destinado à formação da reserva de emergência, investimentos e construção do patrimônio. Os 35% restantes serão destinados a gastar com estilo de vida. O que isso significa? Essa fatia é destinada às coisas de que a pessoa gosta e que trazem alegria para a vida: passeios, hobbies, viagens, manicure, academia, tudo o que faz sentido e motiva a vida. Essa parcela é importante porque se ficar focado apenas em guardar dinheiro, a vida se torna muito "chata". O segredo de um orçamento bem feito é equilibrar o gastar e o guardar. O presidente da Suno Research, Tiago Reis, ensina como aplicar esse método na prática: Após organizar e classificar as contas do seu orçamento em alguma dessas três categorias, some os gastos de cada categoria. A partir daí, divida o valor do gasto da categoria pelo valor das receitas e multiplique por 100. Esse valor indica qual o porcentual da categoria. Caso o valor ultrapasse o limite proposto, será preciso realizar os cortes necessários para que esses gastos fiquem dentro do orçamento. Exemplo: Suponha que o orçamento doméstico é de R$ 8.000. - 50%, ou R$ 4.000, serão destinados às contas essenciais; - 15%, ou R$ 1.200, vão para as prioridades financeiras (pagamento de dívidas ou formação de poupança, reserva financeira, aplicações financeiras e construção do patrimônio); - 35%, ou R$ 2.800, serão destinados ao estilo de vida, que inclui o lazer, saídas para restaurantes, bares, compras e viagens.Fontes: Serasa e Suno ________________________ Se ainda tiver dúvidas sobre economia, dinheiro, direitos e tudo o mais que mexe com o seu bolso, envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo email sophiacamargo@r7.com