Saiba consultar e criar a conta especial que dá acesso ao saque do dinheiro esquecido nos bancos
Consulta de valores a receber do BC começou nesta terça (28); valor deixado nas contas chega a R$ 6 bilhões
O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo, do R7 e Sophia Camargo
O BC (Banco Central) liberou nesta terça-feira (28), às 10h, a consulta ao sistema Valores a Receber que informa se há dinheiro esquecido em bancos e instituições.
O resgate dos valores poderá ser feito a partir de 7 de março, quando o SVR (Sistema de Valores a Receber) será reaberto.
Segundo o BC, o valor esquecido nas contas de 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de pessoas jurídicas chega a R$ 6 bilhões.
O que é esse dinheiro esquecido nas contas?
Segundo o Banco Central, esse dinheiro provém, em sua maior parte, de contas-correntes e poupanças encerradas em que havia saldo em conta e o dinheiro não foi resgatado.
Além dessas contas-correntes e poupanças encerradas, o BC considera as seguintes fontes para o resgate de valores:
• Cobranças indevidas de tarifas ou de parcelas de crédito cobradas pelos bancos;
• Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito;
• Grupos de consórcio extintos que não foram procurados pelos donos.
Em janeiro do ano passado, o Banco Central tornou essa consulta pública, mas a grande procura fez com que o sistema caísse e necessitasse de reformulação.
Veja, a seguir, o passo a passo para consultar e criar a conta especial que dá acesso ao dinheiro esquecido:
Como fazer a consulta para saber se tenho dinheiro esquecido?
A consulta para saber se tem dinheiro esquecido pode ser feita pelo site valoresareceber.bcb.gov.br. Essa consulta foi aberta nesta terça-feira (28):
1. PESSOA FÍSICA
Fazer a consulta é simples. As pessoas físicas precisam informar CPF e data de nascimento.
2. EMPRESA
No caso das empresas é preciso informar o número do CNPJ e data de abertura.
Tenho dinheiro a receber. Como resgatar o valor?
Para fazer o resgate desse valor é preciso acessar o SVR (Sistema de Valores a Receber) a partir de 7 de março, fazendo o login com a conta gov.br.
Para valores de pessoa física, por causa do sigilo bancário, a conta gov.br precisa ser nível prata ou ouro.
IMPORTANTE; A pessoa física que tiver a conta mais básica, nível bronze, não terá acesso ao sistema.
Para valores de pessoa jurídica, a conta gov.br deve ter o CNPJ vinculado.
Veja como criar uma conta nível prata ou ouro
A conta gov.br é uma identificação utilizada para acessar os serviços do portal gov.br, como inscrever-se no Enem, consultar CNH, carteira de trabalho digital, simular aposentadoria no Meu INSS.
A conta tem três níveis de segurança: básico (conta bronze), alto (conta prata) e nível máximo de segurança (conta ouro).
Dessa forma, quanto maior a segurança da validação dos dados do usuário, em bases da Justiça Eleitoral ou via certificado digital, por exemplo, maior o nível da conta.
Veja abaixo a tabela comparativa de segurança entre os tipos de conta gov.br.
Tabela comparativa entre níveis de conta gov.br
Como aumentar o nível de sua conta gov.br?
O primeiro nível de conta gov.br é o bronze, cujo grau de segurança é considerado apenas básico.
Para aumentar o nível de sua conta gov.br de bronze para prata (nível de segurança alto) ou ouro (nível de segurança máximo), será preciso acessar o aplicativo gov.br e seguir as instruções ou também abrir o site gov.br, entrar na conta e aumentar o nível em "Selos de Confiabilidade".
O nível prata é obtido por meio de:
• Validação facial pelo aplicativo gov.br para conferência de sua foto nas bases da Carteira de Habilitação (CNH)
• Validação de seus dados via internet banking de um banco credenciado
• Validação de seus dados com usuário e senha do Sigepe (Sistema de Gestão de Pessoas), se você for servidor público federal
O nível ouro é obtido por meio de:
• Validação facial pelo aplicativo gov.br para conferência de sua foto nas bases da Justiça Eleitoral
• Validação de seus dados com certificado digital compatível com ICP-Brasil
______________________________
Ainda ficou com alguma dúvida? Envie suas perguntas para a coluna “O que é que eu faço, Sophia?” pelo e-mail sophiacamargo@r7.com.
Também é possível enviar suas perguntas pelo Facebook e no Instagram
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.