Saiba onde aplicar (e de qual investimento fugir) com juros a 12,75% ao ano
Projeção do buscador Yubb mostra o desempenho de dez modalidades de renda fixa
O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo, do R7 e Sophia Camargo
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa de juros básica da economia, a Selic, nesta quarta-feira (4) pela décima vez consecutiva para 12,75% ao ano.
Com isso, a rentabilidade dos investimentos de renda fixa fica ainda mais atraente, mas é preciso considerar a projeção de inflação (que tem subido sem parar) para verificar se o investimento terá um rendimento que supere a perda inflacionária e ainda sobre dinheiro no bolso.
Levantamento do buscador de investimentos Yubb mostra que, com a taxa de juros no maior nível desde 2017, quase todos os investimentos de renda fixa obtêm rendimento real positivo (rendimento da aplicação depois de descontada a inflação).
A exceção é o rendimento da poupança (nova e antiga, que agora rendem a mesma coisa) e de CDBs de grandes bancos, que perdem da inflação.
De acordo com as regras da poupança, quando a taxa Selic estiver acima de 8,50% ao ano, o rendimento mensal da caderneta fica em 0,5% mais TR, o que é igual a uma remuneração anual fixa de 6,17%. Ou seja, bem abaixo da Selic, que agora está em 12,75% ao ano.
Levantamento comparou 10 modalidades de renda fixa
A comparação do buscador Yubb mediu o desempenho de dez tipos de investimento, como poupança nova e poupança antiga, Tesouro Selic, CDBs de grandes e médios bancos, LCI (letra de crédito imobiliário), LCA (letra de crédito do agronegócio), LC (letra de câmbio) e debêntures incentivadas.
O levantamento também considera o rendimento líquido das aplicações, que é o rendimento depois de descontados os impostos.
Para esse levantamento, foi considerado o prazo de um ano, alíquota de IR de 20% e projeção da inflação medida pelo IPCA de 7,89% ao ano, segundo o relatório Focus da segunda-feira (2).
Confira o desempenho das aplicações
O que são debêntures incentivadas?
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas que oferecem direito de crédito ao investidor. Funcionam como um empréstimo feito para que as companhias consigam realizar seus planos. As debêntures incentivadas são papéis que têm isenção fiscal, ou seja, o investidor não precisa pagar Imposto de Renda sobre a rentabilidade. Elas têm esse incentivo porque buscam financiar projetos de infraestrutura.
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