Use a restituição para pagar dívidas ou guarde dinheiro para emergências
O que é que eu faço Sophia|Sophia Camargo

A Receita Federal deposita, nesta sexta-feira (15), o sétimo e último lote da Restituição do Imposto de Renda 2017. Para saber se teve a restituição liberada, é preciso acessar a página da Receita na internet, neste link, e informar CPF e data de nascimento.
O melhor destino para esse dinheiro é pagar dívidas, afirmam o planejador financeiro, Rogério Nakata, da Economia Comportamental, e o educador financeiro Fábio Barbalho, da Consultoria Ponto C.
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Se estiver com as contas em dia, mas sem dinheiro investido, então a dica é começar uma reserva de emergência.
Mas não basta receber o dinheiro e sair pagando os credores sem critério. Antes, é preciso avaliar como estão as contas da casa. Veja como:
1) Verifique as finanças
O primeiro passo antes de sair gastando o dinheiro é fazer uma análise da situação financeira.
Fazer essa avaliação é simples: durante um mês, some tudo o que ganha e tudo o que gasta.
Pode fazer isso usando um caderninho, planilha ou aplicativos para controle de orçamento.
“Se, após fazer o orçamento doméstico, perceber que o nível de endividamento está acima de 30% do que recebe no mês para viver, use o dinheiro da restituição para melhorar essa situação, cortando dívidas”, diz Nakata.
2) Pague as dívidas
A prioridade é pagar dívidas caras como cheque especial e cartão de crédito. Essas dívidas custam juros de mais de 10% ao mês, enquanto a rentabilidade da poupança está em 4,9% ao ano, considerando a taxa de juros Selic em 7% ao ano.
Se as dívidas estão atrasadas, renegocie dentro das possibilidades de pagamento, para não voltar a ficar com o nome sujo. Se renegociar sem avaliar as contas, correrá o risco de não conseguir pagar a nova dívida
3) Crie uma reserva financeira
Se não tiver dívidas mas também nenhum dinheiro guardado, está na hora de criar a reserva de emergência. Essa reserva é a primeira poupança que alguém deve ter, e deve corresponder ao equivalente entre seis meses a um ano das despesas. O dinheiro da reserva deve ser aplicado em um investimento que seja fácil de resgatar, como Tesouro Selic, poupança, fundo DI ou CDB que permita resgate diário.
4) Prepare-se para as contas do começo do ano
Não é surpresa: todo começo de ano há despesas pesadas como a cobrança de tributos como IPTU e IPVA, gastos com matrícula escolar, uniforme, compra de material, pagar as contas do Natal ou com a viagem de férias. Reserve uma parte desse dinheiro para esse fim.
5) Invista
Se sobrou dinheiro para investir, dê um destino a ele. “Dinheiro tem que ter nome e sobrenome, não adianta guardar por guardar porque é mais fácil cair nos apelos do marketing”, diz Fábio Barbalho.
Esse dinheiro pode ser usado, por exemplo, para ser a primeira parcela da viagem de férias de 2018.
Veja aqui sugestões de onde investir
Se ainda tiver mais dúvidas sobre economia, dinheiro, direitos e tudo mais que mexe com o seu bolso, envie suas perguntas para “O que é que eu faço, Sophia?” pelo e-mail sophiacamargo@r7.com
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