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Corrigido pela inflação, orçamento da saúde indígena aumentou 27% desde 2014

Valor real saltou de R$ 1,3 bilhões para R$ 3,1 bilhões entre 2014 e este ano; Ministério da Saúde reforça entregas realizadas

R7 Planalto|Edis Henrique Peres, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Orçamento da Saúde Indígena cresceu apenas 2,34% de 2014 a 2025, após correção pela inflação.
  • Verba aumentou de R$ 1,38 bilhão (2014) para R$ 3,15 bilhões (2025), um aumento real de R$ 72 milhões.
  • Em 2020, o orçamento executado foi de R$ 1,4 bilhão, sendo o segundo menor desde 2014.
  • Número de médicos nos DSEIs aumentou 30% desde 2019, mas a média é de um médico para 1.183 indígenas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Brasília (DF), 07/08/2025 - Passeata da 4ª Marcha das Mulheres Indígenas. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Orçamento da Secretaria de Saúde Indígena cresceu 2,34% em uma década Antonio Cruz/Agência Brasil - 7.8.2025

Corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), orçamento da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde cresceu 27% desde 2014. Segundo dados exclusivos levantados pelo R7 Planalto via Lei de Acesso à Informação, o valor saltou de R$ 1,3 bilhões, em 2014, para R$ 3,1 bilhões este ano.

O incremento real no período foi de mais de meio milhão acima do índice IPCA. Os cálculos foram feitos a pedido da coluna pelo doutor em economia Hugo Garbe.


A informação corrige nota anterior publicada pela coluna, que mencionava o aumento de apenas 2,34%. Isso porque, na ocasião, o R7 utilizou como base a calculadora do cidadão do Banco Central e o índice IGPM (indicador de inflação calculado pela FGV).

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Após a publicação, o Ministério da Saúde entrou em contato com a reportagem e explicou que o governo utiliza como índice para a correção orçamentária o IPCA.


Em nota, a pasta citou também o incremento nominal do valor no período, ou seja, o crescimento do orçamento desconsiderando a inflação.

“Neste ano de 2025, a SESAI recebeu o maior orçamento de sua história: 3,16 bilhões. Esse valor representa um aumento de 128% em comparação com 2014.”


“Esse crescimento orçamentário materializou-se em melhorias concretas na estrutura de atendimento, com expansão do número de profissionais, construção de Unidades Básicas de Saúde, construção de Sistemas de Abastecimento de Água e fortalecimento dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).”, disse.

O Ministério listou, ainda, que “hoje existem 34 DSEIs espalhados por todo o país, 70 Casas de Apoio à Saúde Indígena (Casai), 1.008 Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) e 266 Polos Base, além de uma força de trabalho com mais de 22 mil profissionais”.


“Neste ano, foi inaugurado o primeiro Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Indígena (SAMUi) , que funciona 24 horas para atender moradores da reserva indígena Aldeia Jaguapiru, em Dourados (MS)”, contou.

O Ministério reforça que, “considerando a inflação pelo IPCA, o orçamento da SESAI teve perdas nos seis anos anteriores” a gestão do governo Lula.

“Em 2022, o orçamento chegou a ser 23,4% menor que o de 2014 - situação que foi revertida com grandes investimentos do governo federal na saúde indígena”.

Saúde indígena

No fim do ano passado o R7 mostrou que o número de médicos em atuação nos DSEIs (Distritos Sanitários Indígenas) registrou um aumento de 30% em comparação com 2019.

Mesmo com o crescimento, todavia, a reportagem apurou que alguns DSEIs têm apenas um médico para mais de 2.000 indígenas. Na média nacional dos 34 DSEIs, o número é de um médico para cada 1.183 habitantes.

Enquanto isso, no cenário nacional e fora dos territórios indígenas, o Brasil tem em média um médico para 342 pessoas, conforme o Conselho Federal de Medicina.

Nota atualizada no dia 24 de outubro de 2025 às 18h48. Antes, a reportagem usou o índice IGPM para corrigir a inflação, no entanto, o Ministério da Saúde reforçou que o índice oficial usado pelo governo é o IPCA.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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