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Trilha do Agro

Agronegócio responde por mais de 40% das exportações totais do estado de São Paulo, diz IEA

Açúcar, etanol, carnes, soja e sucos são os produtos mais relevantes da produção agrícola paulista

Trilha do Agro|Valter Puga JrOpens in new window

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Novo terminal de celulose no Porto de Santos aumenta capacidade de exportação
Novo terminal de celulose no Porto de Santos aumenta capacidade de exportação

Por Antonio Reche e Valter Puga Jr.


Assim que o governo dos EUA anunciou a implementação de tarifa de 50% sobre a exportação de produtos brasileiros para aquele país, o governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reagiu. Contatou autoridades norte-americanas na tentativa de reverter ou, pelo menos atenuar, a taxação que inviabilizaria as vendas feitas vários setores da economia paulista para os EUA. E não procedeu a essa articulação sem um bom motivo.

A economia paulista seria a maior prejudicada com o “tarifaço”, já que mais de 1/3 das exportações brasileiras para o mercado norte-americano saem do estado de São Paulo, bem superior a participação do Rio de Janeiro (mais de 17%) e Minas Gerais (quase 12%).


Os paulistas não enviam para os EUA apenas óleos (de petróleo), aeronaves, semimanufaturados de ferro e aço, eletrônicos e medicamentos, mas os produtos que vem do campo: café, carne, suco de laranja e madeira. Mas produtos do Agronegócio paulista chegam a diferentes regiões do mundo do mundo.

Agro é 40% das exportações de São Paulo

Nos primeiros sete meses deste ano, o agronegócio paulista respondeu por 40,4% das exportações totais do estado para diferentes países do mundo. Apesar de exportações 7,6% menores (US$ 16,22 bilhões), e importações 4% maiores (US$ 3,41 bilhões), o estado apresentou um superávit superior a US$ 12 bilhões, aponta estudo do Instituto de Economia Agrícola, o IEA-SP.


O setor de açúcar e álcool, principal exportador do Agro paulista, responde por 27,9% do total, com US$ 4,51 bilhões -- sendo o açúcar 92,5% e o etanol, 7,5%. As exportações de carnes representam outros 14,3% e o chamado complexo soja e produtos florestais 10,9% cada um. Além disso, sucos outros 10,7% e o café, com 6,8% dos embarques.

O que aumentou e o que caiu

Dados compilados pelos pesquisadores do IEA-SP no período mostram que -- comparando-se com o ano passado -- houve aumentos expressivos das exportações paulistas de café, com 49,6%, nas carnes 27,7%, e nos sucos 24,1%. Mas houve também diminuição acentuada nos embarques de açúcar e álcool (-36,8%), de produtos florestais (-3,2%) e do complexo soja (-1,5%)


Apesar dessa queda, São Paulo ainda mantém o segundo lugar entre os maiores exportadores do país, com 16,6% do total embarcado pelo Brasil, atrás do Mato Grosso com 17,6%. Os maiores compradores dos produtos paulistas são a China, que ficou com 23,9%; a União Europeia com 14,7%; e os Estados Unidos com 13,8%.

Vale lembrar que, nesses primeiros sete meses do ano, o Agronegócio brasileiro exportou US$ 97,52 bilhões, ou 49,3% do total nacional, enquanto as importações atingiram em US$ 11,89 bilhões, ou 7,4% do total do país.

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