Análise: Brasil deve esperar ações de outros países antes de tomar medidas de reciprocidade
Apesar de o Congresso ter aprovado lei de reciprocidade econômica, especialista pontua que consequências para economia brasileira podem ser grandes
Conexão Record News|Do R7
Após o anúncio das tarifas do presidente americano, Donald Trump, nesta quarta-feira (2), a Câmara dos Deputados aprovou a lei de reciprocidade comercial. O texto autoriza o governo a adotar medidas comerciais contra países e blocos que coloquem barreiras aos produtos brasileiros no mercado global. Agora, o texto segue para sanção do presidente Lula.
Apesar de ter sido aprovada agora, a lei foi elaborada inicialmente para defender o Brasil no acordo com a União Europeia, segundo o economista Igor Lucena, em entrevista ao Conexão Record News desta quinta-feira (3). No entanto, Lucena acredita que o governo Lula não irá adotar, em um primeiro momento, alguma medida de reciprocidade por conta dos possíveis prejuízos na economia brasileira, como a alta nos preços em um cenário de inflação elevada.
O economista aposta em uma ação analítica por parte do Executivo, acompanhando as movimentações pelo resto do globo, como melhor estratégia. “O Brasil, neste momento, vai esperar as reações de parceiros importantes, como a China, a União Europeia, o Canadá e o México. Esses países vão mostrar suas atitudes e talvez o Brasil vai fazer algum tipo de ação coordenada”, completa.
Veja também
Últimas