Não é só perseguição: stalking pode ser elogios constrangedores e presentes indesejados

Membro do Conselho Consultivo das Nações Unidas para Inteligência Artificial, Estela Aranha afirmou, em entrevista à Record News, nesta segunda-feira (17), que as mulheres perseguidas por homens tendem a ter mais consequências e maior constrangimento do que em casos inversos. Segundo ela, não é só a perseguição, em si, que representa o crime chamado de ‘stalking’, mas envio de presentes indesejados ou excesso de elogios, mesmo quando o pedido da vítima de que pare e quando o relacionamento termina. “É um comportamento obsessivo, de ficar atrás por muito tempo, de modo que atrapalhe a sua vida”, explicou Estela. A atriz Débora Falabella disse, recentemente, que está sendo vítima de perseguição. O Brasil registrou 93 mil ocorrências de casos de stalking em 2023 e as mulheres representam 85,7% dessas vítimas. “Um homem perseguindo uma mulher, de modo geral, vai gerar constrangimento maior. Mas tem casos que mulheres perseguem”, completou.