Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Black Friday será de poucas novidades e ofertas limitadas

Com baixa produtividade das indústrias e importação prejudicada por dólar alto, comércio vai ter de se virar com estoques antigos

Renda Extra|Marcos Rogério Lopes, do R7

Black Friday atenderá a necessidades básicas
Black Friday atenderá a necessidades básicas Black Friday atenderá a necessidades básicas

A expectativa do comércio brasileiro é usar a Black Friday de 2021 para desovar estoques antigos. Com a baixa produtividade das indústrias, dificuldades logísticas e importações prejudicadas pelo dólar alto, a data de promoções do fim de novembro não será de grandes ofertas ou lançamentos.

A assessora econômica da Fecomércio-SP (Federação do Comércio de São Paulo) Kelly Carvalho diz que os problemas estruturais que já se mostraram em 2020, durante a pandemia de Covid-19, se agravaram neste ano. 

Leia também

"Assim como no ano passado, continua complicado renovar os estoques porque as indústrias não conseguem atender à demanda", afirma. "Para piorar, o que chega ao mercado está mais caro, por causa do dólar alto."

Ela conta que inúmeras encomendas encalharam porque faltam contêineres e espaço nos aviões de carga, uma vez que as importações de todos os outros produtos cresceram.

Publicidade

Kelly explica que itens de forte apelo na Black Friday, como os eletroeletrônicos, não vieram em quantidade suficiente para as promoções. "Quem tem algo para vender não pode reduzir o preço, porque pagou alto."

Na opinião de Kelly Carvalho, a situação de agora é ainda pior que a de 2020. "O ano passado foi favorecido pelo boom do comércio eletrônico, estimulado pelo fechamento do comércio", analisa. 

Publicidade

Em 2021, além de não haver o mesmo impulso do e-commerce, o cenário de incertezas econômicas tende a dificultar as compras dos brasileiros.

"Vamos ver uma Black Friday com menos apelo aos supérfluos. É uma realidade triste, mas veremos promoções de alimentos, roupas e itens de primeira necessidade, porque é o que muitos consumidores podem pagar e precisam no momento", analisa a economista.

"A população está sem renda, é elevado o nível do desemprego. Definitivamente, será uma data para bens não duráveis e semiduráveis. Não é hora de grandes investimentos", finaliza.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.