Saiba quais são os melhores investimentos com a nova queda da taxa de juros
O BC reduziu a taxa Selic para 12,25% ao ano. A decisão diminui a valorização da renda fixa, mas mantém o retorno da poupança
Renda Extra|Johnny Negreiros, do R7*
O novo corte da taxa de juros Selic de 0,5 ponto percentual, anunciado nesta quarta-feira (1º) pelo BC (Banco Central), afeta diretamente os brasileiros com títulos de renda fixa. Agora, o patamar é de 12,25% ao ano.
A Selic é a taxa básica de juros de toda a economia brasileira. Ela é usada como referência para todos os tipos de investimentos. Porém, nas aplicações de renda fixa, aquelas que garantem uma remuneração-padrão todo mês, ela é o indicador empregado diretamente na rentabilidade.
Nas projeções da Yubb, um buscador de investimentos, nove de dez títulos selecionados dessa categoria ainda têm rendimento real maior que a inflação. Para essa estimativa, apenas o CBD (Certificado de Depósito Bancário) de “banco grande” não é rentável.
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No cálculo, a Yubb usou uma inflação de 3,9% ao ano. Esse é o patamar esperado para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no fim deste ano, de acordo com as expectativas de agentes financeiros levantadas pelo Banco Central no Boletim Focus.
Vale lembrar que, desde maio de 2012, os valores depositados na poupança passaram a ter uma trava de rentabilidade. A ferramenta mudou as regras para as situações quando a Selic estiver menor que o patamar de 8,5% ao ano. Porém, como não é esse o caso atual, o rendimento da poupança antiga e da nova permanece igual.
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Fundos de renda fixa
A Anefac (Associação Nacional de Executivos) afirma que os fundos de renda fixa ainda são mais rentáveis que a poupança “na maioria das situações”, apesar da queda na taxa.
Em 30 cenários diferentes, a associação calcula que em sete deles a poupança vale mais a pena que os fundos.
Esses cenários variam de acordo com o prazo de resgate, ou seja, quanto tempo depois o investidor deseja pegar o dinheiro de volta, e com a taxa de administração cobrada pelo banco. Trata-se de um valor que a instituição financeira cobra para realizar a operação.
Selic menor muda o cenário
Com uma Selic menor, os educadores financeiros ressaltam que os investimentos de renda variável, os que não pagam remuneração-padrão todo mês, ficam mais atrativos.
Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira), explica que a trajetória de queda da Selic revela que chegou a hora de repensar os investimentos.
"A recomendação pode ser começar a pensar em buscar linhas que não estão atreladas à Selic", avalia ele.
É importante citar o fato de que esse já é o terceiro corte seguido de 0,5 ponto percentual promovido pelo Banco Central, desde agosto deste ano.
"A aplicação deve ser escolhida de acordo com o prazo do que você quer realizar com esse dinheiro: curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo prazo (acima de dez anos)", orienta Domingos.
*Sob a supervisão de Ana Vinhas
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