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Taxa de juros chega a 5,25% ao ano na quarta alta seguida feita pelo BC

Selic subiu 1 ponto percentual nesta quarta-feira, após o fim da reunião do Copom. Elevação já era esperada pelo mercado

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Taxa básica de juros sobe pela quarta vez consecutiva em 2021
Taxa básica de juros sobe pela quarta vez consecutiva em 2021 Taxa básica de juros sobe pela quarta vez consecutiva em 2021

A taxa básica de juros, a Selic, subiu de 4,25% para 5,25% ao ano no início da noite desta quarta-feira (4), ao final da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central).

É a quarta elevação seguida da Selic e o maior patamar desde o fim de 2019.

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Na ata do Copom divulgada logo após a reunião, o BC ponderou a evolução da variante delta da covid-19 e o risco relevante de aumento da inflação nas economias centrais como principais motivos para a elevação de um ponto percentual da Selic.

Também destacou que o ambiente para países emergentes segue favorável com os estímulos monetários de longa duração, os programas fiscais e a reabertura das principais economias.

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A ata do Copom também ressaltou que os indicadores recentes continuam mostrando evolução positiva e não ensejam mudança relevante para o cenário prospectivo, o qual contempla recuperação robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre.

O comitê ainda deixou em aberto a possibilidade de um novo aumento da mesma magnitude na próxima reunião, nos dias 20 e 21 de setembro.

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Se a expectativa for mantida, a taxa básic a de juros chegará a 6,25% ao ano, maior percentual desde julho de 2019 (6,50%).

"O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária", justificaram os conselheiros na nota.

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Confira a íntegra da ata do Copom neste link.

Analistas aguardam novas elevações

A alta da Selic nesta quarta-feira era praticamente consenso entre os analistas do mercado financeiro. Para Elaine Borges, professora doutora de finanças da USP (Universidade de São Paulo), o governo demorou demais para elevar a meta da Selic e agora está correndo atrás.

A previsão é de que a taxa básica de juros continue a subir nas próximas reuniões.

(Elaine Borges)

Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), apostava em uma elevação de 0,75 ponto percentual, mas não descartava a possibilidade de chegar a 1 ponto percentual.

O cenário de inflação elevada e a possibilidade de um reajuste maior na conta de energia elétrica por conta da estiagem que%2C consequentemente%2C impactará diretamente no preço de produtos e serviços%2C propicia a alta de 1 ponto percentual.

(Miguel de Oliveira)

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a decisão do Copom mostra que haverá um ciclo de ajuste acima do patamar neutro esperado inicialmente pelo mercado.

Mantemos assim nossa expectativa de a Selic chegar a 7%2C5% ao ano até o fim de 2021.

(Étore Sanchez)

Como funcionam os juros básicos?

A Selic é conhecida como taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como forma de piso para os demais juros cobrados no mercado.

A taxa é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

Em linhas gerais, a Selic é taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos.

Por esse motivo, os juros que os bancos cobram dos consumidores são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também serve como o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, próxima da meta estabelecida pelo governo.

Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo.

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