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Aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont serão licitados juntos 

Após a devolução do Galeão pela concessionária, governo vai licitar os dois aeroportos do Rio de Janeiro juntos 

Rio de Janeiro|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas
Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse em entrevista coletiva que, uma vez que o Aeroporto do Galeão está sendo devolvido pela concessionária, não faz mais sentido sair com a nova licitação isoladamente. Ele explicou como fica a gestão do terminal aéreo após a atual concessionária, a CAI (Changi Airport International), formalizar junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) a decisão de devolver o terminal à União, abrindo caminho para uma nova licitação. A CAI detém 51% da empresa de gestão aeroportuária. Os 49% restantes estão detidos pela Infraero.

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"O que vamos fazer daqui para a frente? Vamos avaliar a concessão do Galeão e Santos Dumont como um todo", anunciou Tarcísio de Freitas. "Tenho certeza de que isso se deve à preocupação manifestada pelo setor produtivo do Rio de Janeiro e pelo governo do estado", disse. O ministro disse que será realizada uma oitava rodada de licitações e haverá a mesma operadora para explorar os aeroportos Tom Jobim (Galeão) e Santos Dumont. "Esta é uma grande consequência da antecipação do retorno da Changi [concessionária]", acrescentou. 

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reuniu em meados de janeiro com o presidente Jair Bolsonaro para discutir a questão da concessão do Santos Dumont e exigiu o formato aprovado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a privatização do terminal na época.


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O governador temia que o Galeão fosse prejudicado se a concessão do Santos Dumont fosse aprovada nos moldes do governo federal. Segundo ele, "tem que ter um equilíbrio entre os dois [aeroportos] para que um não prejudique o outro".


"Nossa questão toda é não criar uma canibalização entre o Santos Dumont e o Galeão. O Galeão é importantíssimo, porque é nosso aeroporto internacional, e hoje está vazio, também por conta do Santos Dumont. Acaba fazendo com que esses aeroportos virem rivais. Um tem que ser parceiro do outro. Espero que consigamos chegar a um acordo", afirmou.

Pedido de relicitação

A Changi, concessionária que opera o aeroporto, fez o pedido de relicitação da concessão, e outra concessionária será definida em novo leilão a ser lançado pelo governo federal. A concessionária garantiu em nota, no entanto, que até o fim desse processo a empresa segue responsável pela operação do terminal aéreo. 


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A empresa assumiu o Aeroporto Internacional Tom Jobim em 2014, mas afirmou em nota que, com a profunda recessão econômica pela qual o Brasil passou, pela queda na demanda global por commodities e pelo fraco desempenho econômico, houve uma queda no tráfego total de passageiros de cerca de 7%.

“Já em 2020, quando o setor aéreo havia se recuperado ao nível de 2013, a pandemia de Covid-19 provocou uma queda de 90% no número de voos no Brasil e fragilizou ainda mais as condições de operação do aeroporto”, disse. 

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