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Assembleia aprova abertura do processo de impeachment de Witzel

Governador afastado é investigado por corrução na área da Saúde durante a sua gestão em contratos com organizações sociais e hospitais de campanha

Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7

Abertura do processo foi aprovada por unanimidade
Abertura do processo foi aprovada por unanimidade

A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) aprovou nesta quarta-feira (23), por unanimidade, a abertura do processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel.

Durante a sessão, se pronunciatam 31 deputados de 14 partidos e o governador afastado teve 60 minutos para apresentar sua defesa. Por videoconferência, Witzel disse que não teve seu direito de defesa garantido na ação, relembrou sua trajetória na magistratura e a avaliou que os deputados têm usado o processo como “palanque eleitoral”.

Agora, o caso segue para o tribunal misto, composto de cinco deputados e cinco desembargadores do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). A decisão será publicada em Diário Oficial desta quinta-feira (24). Na sexta, os partidos serão convocados para indicar os cinco deputados ao tribunal misto. Em seguida, a Corte tem até 120 dias para concluir se houve ou não crime de responsabilidade.

Leia mais: 'Jamais renunciarei', diz Witzel sobre impeachment


Na semana passada, o MPF (Ministério Público Federal) apresentou uma nova denúncia contra o governador afastado. A acusação, desta vez, foi por organização criminosa. A denúncia foi feita com base em três operações policiais.

Além de Witzel, outras dez pessoas também foram denunciadas. Entre elas, está a mulher do governador afastado, Helena Witzel, e o presidente do PSC, Pastor Everaldo.


De acordo com a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, Wilson Witzel e o grupo atuaram da mesma forma que organizações criminosas que agiram no estado nos dois governos anteriores.

Os procuradores da República querem que os denunciados devolvam aos cofres públicos R$ 100 milhões. Witzel é investigado por corrução na área da Saúde durante a sua gestão em contratos com OSs (Organizações Sociais) e hospitais de Campanha.

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