Audiência de Jairo e Monique não será transmitida
Brunno Dantas/ TJ-RJ- 06/10/2021A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal da Capital, no Rio de Janeiro, acatou um pedido da defesa de Jairo Souza dos Santos Júnior na audiência desta quarta-feira (9).
Com a decisão, o depoimento do réu não poderá ser transmitido online. A imprensa presente terá que acompanhar a sessão sem usar celular nem computador.
Depois que as testemunhas foram ouvidas no ano passado, agora é a vez da mãe e do padrasto de Henry Borel falarem sobre o caso, na quarta audiência. A sessão está sendo realizada na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro da cidade.
Preso desde abril, o casal foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pela morte da criança de 4 anos com emprego de tortura, motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. O crime aconteceu no dia 8 de março no apartamento de Jairinho, na Barra da Tijuca.
No dia 6 de outubro de 2021, a primeira audiência do caso foi realizada. Até o dia 14 de dezembro, as dez testemunhas de acusação foram ouvidas e, em seguida, as testemunhas de defesa do ex-vereador Jairinho. Foi a vez da defesa de Monique no dia seguinte, 15 de dezembro.
Além do homicídio triplamente qualificado, o caso envolveu coação de testemunha, fraude processual e falsidade ideológica. Jairinho responde a outros processos por violência sexual contra uma ex-namorada e por torturar a ex-enteada, que na época do ocorrido tinha a idade de Henry.
Nos trâmites do processo de tortura da filha de ex-namorada, Jairinho terá defesa do advogado Flávio Fernandes, ex-assistente de acusação no caso Henry. Com o novo time na defesa, Jairinho teve orientação para uma audiência "pesada", de acordo com o advogado.
Ontem, a juíza Elizabeth Machado Louro negou o pedido de adiamento da sessão, apesar da mudança de advogados.
A jurista Flávia Fróes assume oficialmente a equipe de defesa do réu, após ter sido acusada por Monique Medeiros de coação na prisão. Posteriormente, a mãe da criança pediu prisão domiciliar por supostamente ter sido ameaçada por detenta que estaria ligada à advogada.
Caso decida que Jairo e Monique tiveram a intenção de matar Henry Borel, a juíza encaminhará o julgamento para o Tribunal do Júri.
Em frente ao TJ-RJ, ocorre um protesto organizado pelo pai de Henry, Leniel Borel. A mãe de Eliza Samudio está no ato.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa