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Comlurb retira mais de 20 toneladas de peixes mortos da Lagoa

Segundo o biólogo Mario Moscatelli, que estuda as lagoas cariocas, as altas temperaturas na cidade contribuíram para a tragédia ambiental

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Mortandade atingiu principalmente as savelhas
Mortandade atingiu principalmente as savelhas

A Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) recolheu, nesta quinta-feira (20), 21,8 toneladas de peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. A mortandade atingiu principalmente as savelhas, peixes mais fracos quando falta oxigenação na água.

O trabalho prosseguiu durante toda a madrugada desta sexta-feira (21). Até as 11h, 252 garis e 29 agentes de limpeza urbana foram mobilizados para o local.

De acordo com o biólogo Mario Moscatelli, que estuda as lagoas cariocas, como a Marapendi, a da Tijuca e a Rodrigo de Freitas, as altas temperaturas na cidade contribuíram para a tragédia ambiental, apesar deste não ser o único fator da mortandade.

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Moscatelli disse ainda que, ao caminhar no entorno da Lagoa, reparou que os cardumes pareciam estar em banho-maria.


“A água estava quente, extremamente quente, e água quente não é muito bom, porque ela reduz a concentração de oxigênio”, afirmou.

Em nota, a Seconserva (Secretaria de Conservação do Município do Rio) informou que os órgãos ambientais estão em alerta desde a madrugada, devido à morte de toneladas de peixes.


“Os órgãos ambientais envolvidos no monitoramento da Lagoa estão em alerta desde esta madrugada, quando se registrou tendência declinante nos valores das concentrações de oxigênio dissolvido na água, com forte perda desses níveis, chegando no início da madrugada até as 10h, da manhã ao valor = < 0,1mg/L, indicando início de anoxia, ou seja, ausência ou diminuição de oxigênio na água”, ressaltou a nota.

Assista ao vídeo:

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