Corpo de ciclista morto em atropelamento é enterrado no Rio
Cláudio Leite foi atingido por veículo conduzido por um capitão do Corpo de Bombeiros. Suspeito está preso preventivamente
Rio de Janeiro|Mariene Lino, do R7*, com informações de Adriana Rezende, da Record TV Rio
O corpo do ciclista Cláudio Leite da Silva foi enterrado na tarde desta terça-feira (12) no Cemitério Jardim Sulacap, na zona oeste do Rio. Ele morreu após ter sido atropelado por um veículo dirigido por um capitão do Corpo de Bombeiros na avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, na mesma região, na segunda (11).
A despedida ao ciclista foi restrita a familiares e amigos e não houve velório.
Cláudio era casado e não tinha filhos. O aposentado começou a pedalar por conta de problemas pulmonares, mas o esporte logo se tornou uma paixão. Ele treinava para realizar um grande sonho: participar de competições de triatlo.
Ele fazia um trajeto diário de cerca de 100 km. A atividade começava, por volta das 4h, na orla da praia do Recreio e passava por Prainha e Grumari, até chegar a Guaratiba, também na zona oeste. Em seguida, Cláudio voltava ao ponto de partida.
De acordo com a família, ele costumava pedalar somente em dias úteis, pois dizia que, aos fins de semana, o risco era maior devido a motoristas que dirigem sob efeito de bebida alcoólica.
O caso
O ciclista foi atropelado, por volta das 4h30, na última segunda-feira (11) enquanto pedalava pela praia do Recreio dos Bandeirantes. Ele morreu na hora.
Um capitão do Corpo de Bombeiros foi preso horas depois na casa de um amigo, a cerca de 1 km do local do acidente. Ele teve a prisão preventiva decretada e está detido no GEP (Grupamento Especial Prisional), em São Cristóvão, zona norte do Rio.
A Polícia Civil confirmou, por meio de nota, que analisou imagens de câmeras de seguranças que mostraram o militar embriagado minutos antes do acidente. Além disso, um vídeo flagrou o o suspeito consumindo bebida alcóolica.
O exame de alcoolemia do bombeiro deu negativo, mas o delegado Alan Luxardo explicou que o resultado pode ter sido prejudicado devido ao teste ter sido feito cinco horas após o atropelamento.
Mesmo assim, o suspeito foi indiciado pelos crimes de homicídio por dolo eventual, embriaguez ao volante e fuga do local do acidente.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira