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Delegada aponta irresponsabilidade de empresa por turismo na Rocinha

Empresa esclareceu gesto feito por motorista na delegacia

Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio

Motorista fez sinal quando foi depor em delegacia
Motorista fez sinal quando foi depor em delegacia

A delegada Valéria Aragão, titular da Deat (Delegacia de Atendimento ao Turista), que também investiga a morte da turista espanhola María Esperanza Jiménez Ruiz, disse que a empresa de turismo Rio Carioca Tur foi irresponsável ao oferecer o passeio ao grupo. Em depoimento, a guia Rosângela Cunha, que acompanhava o grupo de María Esperanza, afirmou que escolheu o destino e que foi a primeira vez que ela voltou à comunidade após a ocupação.

De acordo com a delegada, a guia disse ter ligado para moradores da Rocinha para saber como estava a situação na comunidade. Os moradores disseram que o clima estava tenso, mas que o policiamento estava reforçado, e, por isso, a guia considerou seguro visitar a região.

A cunhada de María Esperanza também prestou depoimento e disse que o grupo não foi alertado dos riscos de entrar na comunidade. Ela também afirmou que cada um pagou R$ 140,00 pelo passeio.

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Delegado diz que PM atirou "com propósito de matar"

Nesta terça-feira (24), a assessoria do Grupo Rio Carioca Tour emitiu nota informando que “não recebeu qualquer informação da polícia sobre confrontos ou problemas na comunidade”.


Questionada pela reportagem do R7, a empresa explicou que "as informações são colhidas com antecedência de 24h, e sempre no próprio dia das visitas são feitas novamente consultas, inclusive com moradores da comunidade". Ainda segundo a Rio Carioca Tour, "na véspera e no próprio dia da visita, inclusive quando o motorista do veículo foi abordado pela PM, não houve alerta de perigo ou proibição de entrar na favela".

A empresa lamentou a morte da turista e reforçou que “o grupo de Maria Esperanza era acompanhado por uma guia credenciada acostumada a fazer tours pela Rocinha, um roteiro muito procurado por turistas do mundo todo”.


Segundo a empresa, o motorista disse em depoimento à polícia que ouviu três tiros, sendo um mais forte, quando o grupo saía da favela. Achando que se tratava de um tiroteio, ele acelerou para sair e, na chegada à autoestrada Lagoa-Barra, percebeu que a turista havia sido baleada.

Sobre a imagem do motorista fazendo um sinal de "V", a empresa esclareceu que "o profissional agiu sob forte emoção".

A empresa reiterou na nota que “todo trabalho da agência é conduzido com responsabilidade, visando o bem-estar de seus passageiros. O Grupo Rio Carioca Tour e seus colaboradores estão à disposição da polícia para prestar quaisquer esclarecimentos e espera que o caso seja elucidado o mais brevemente possível. A empresa também está à disposição para apoiar a família da passageira no que for necessário”.

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