Estudo da PUC-Rio aponta riscos em manutenção da Linha 4 da Gávea
Encaminhado ao governo do Estado, relatório diz que a melhor solução é a conclusão definitiva das obra, do ponto de vista do custo-benefício
Rio de Janeiro|Maria Eduarda Aloan, do R7*
A PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) encaminhou nesta sexta-feira (13) ao governo do Estado um estudo que aponta os riscos da manutenção na estrutura atual da estação da Gávea, que integra a Linha 4 do Metrô, na zona sul da cidade.
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O relatório foi produzido por professores da instituição e concluiu que há a possibilidade de um possível afundamento da superfície do solo do local da estação.
Além disso, o estudo afirma que o risco não é baixo tendo em vista que as estruturas de contenção são provisórias e estão instaladas em um ambiente desfavorável.
A possibilidade de ruptura em qualquer área das escavações é alarmantes porque podem incluir o desabamento de edifícios próximos ao local e desdobramentos que põe vidas em risco.
Ainda de acordo com a PUC, a melhor solução é a conclusão definitiva das obras, do ponto de vista do custo-benefício.
Os estudos efetuados não recomendam o aterramento da estação da Gávea, proposta sugerida pelo governador Wilson Witzel em razão da falta de verbas, uma vez que a medida significará o desmonte de todo o empreendimento, além do desperdício de volumosos recursos públicos.
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Na última segunda (9), representantes da universidade participaram de uma reunião com Witzel, na qual ficou acertada a entrega do relatório para a Secretaria de Transportes. Após o encontro, o governador mudou de ideia e desistiu de aterrar a estação da Gávea. Ele espera contar ainda com recursos recuperados da Lava Jato para concluir as obras da Linha 4 do Metrô.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Bruna Oliveira